ESTE BLOG É PARTE INTEGRANTE DA BLOGOLÂNDIA DO ESPAÇO INTERNÉTICO! EXPLORE ESTE ESPAÇO!

domingo, 3 de outubro de 2010

Valença, a minha outra "cidade natal"!

Valença, parte centra vista de cima

Jardim de Baixo

Jardim de Cima

Catedral de Valença

Mirante do Cruzeiro


Alguém poderá dizer: "É impossível ter duas cidades natais"! Mas eu digo que não é não, porque eu tenho! E isso depende do ponto de vista.

Já falei muito de Juiz de Fora porque vivo aqui. Mas a história da minha vida e até mesmo do meu nascimento envolve diretamente duas cidades: Juiz de Fora e VALENÇA, a minha Valença!

Eu nasci e cresci entre essas duas cidades. A "estrada da vida" que eu conheço é a que liga Valença e Juiz de Fora.

Estado? Só se for "estado de graça" porque eu descobri que não tenho estado nenhum, tenho duas cidades que fazem parte de mim e ajudaram a me tornaram o que eu sou.

Valença fica no estado do Rio de Janeiro. É minha "mãe", meu bercinho, minha família, meu santuário, meu refúgio, minha "Thara" (ver "E o Vento Levou..." pra entender de que "Thara" estou falando). Se me perguntam: "você é fluminense?" Responto logo: Não! Porque sou Flamengo! rsrsrs

Juiz de Fora fica no estado de Minas Gerais. É a "parteira" que fez o favor à minha mãe de me trazer ao mundo, é meu lado urbano e progressista, os meus estudos, o meu trabalho, minha visão social. Se me perguntam: "você é mineira?" Eu digo: Não! Eu não trabalho debaixo da terra em minas atrás de pedras preciosas! rsrsrs

Não sou mineira. Não sou fluminese. Me considero uma valenciana-juizforana, ou uma juizforana-valenciana. Isso sim! E resolvi assumir os dois lados de uma vez no lugar de viver alternando entre um e outro, sempre dividida entre as duas cidades.

Na minha "estrada da vida", onde cresci, nunca vi fronteiras. Por isso não tenho estado estado pra mim é mera divisão política), tenho cidades. Duas cidades que amo. Essa estrada, aliás, parte dela, já foi de chão. Hoje é asfaltada. Cerca de duas horas, mais ou menos, de viagem ligam as minhas duas terras natais. Quando estou chegando em Valença, é como voltar ao lar.

Foi lá que tive a minha família completa. Mãe e pai. Meu berço, minha primeira casa, meu primeiro lar. Meu primeiro contado com o mundo externo. Aconchego. Foi lá que aprendi a comer, a falar, a andar, a brincar, a reconhecer as pessoas em volta de mim... a VIVER! Meus primeiros anos de vida...

Depois que meu pai faleceu minha mãe decidiu morar em JF com minha avó e tios. Uma dessas tias, que mora comigo até hoje, chegou a se mudar pra Valença, pra ajudar a minha mãe a cuidar de mim e morou com a gente por mais de um ano. Mas... mesmo morando em Juiz de Fora, era em Valença o meu "recreio". Ia pra lá nas férias, feriados, finais de semana... Ficava na casa dos parentes que são hoje, junto com a minha tia que mora comigo, a minha família! E lá é e sempre será minha segunda casa.

É dessa cidade linda, fofa e deliciosa que vou falar neste post, após essa imensa introdução pra explicar a importância que ela tem na minha vida.

Chegar em Valença pra mim é meio como chegar a "OZ". Ou como eu já disse, à "Thara". É mágico mesmo, me sinto em casa e naquele momento, Valença é o único lugar do mundo onde quero estar. E onde me sinto mais inteira.

Cidade gostosa, aconchegante, a "Princesa da Serra", como é conhecida, é uma cidade antiga, de origem indígena (Coroados - que virou nome do clube onde brinquei carnaval na infância), com muitas casas antigas e tem 76 mil habitantes aproximadamente.

Valença também é conhecida como a "Cidade da Seresta". Pertence a ela o distrito de "Coservatória" onde até hoje é mantida essa tradição. Se valecianos vem a JF pra fazer compras, juizforanos vão a Valença "serestar"! rsrs

Valença também é cidade de estudades, principalmente por causa da faculdade F.A.A. (Fundação Dom André Arcoverde).

Mas a delícia de Valença são os seus jardins. Já houve vezes em que, antes de ir para a casa dos meus parentes, eu fui passear nos jardins e respirar o ar gostoso que há neles. Sentir o frescor das árvores. Há várias praças em Valença, mas as duas mais populares, belas e gostosas são conhecidas simplesmente como "O Jardim de Baixo" e "O Jardim de Cima".

Acostumada com o estressante corre-corre juizforano, vou recarregar minhas baterias nos jardins valencianos.

O Jardim de Baixo é grande, antigo, fresco e agora (na verdade já faz tempo) circundado por grades. É ideal pra meditar, se encontrar consigo mesmo. Não é um lugar lotado de gente te esbarrando o tempo todo!

O Jardim de Cima é mais moderninho, parece menor... E é todo aberto, mas igualmente gostoso e bem arborizado.

Andar por esses jardins, pela "Rua dos Mineiros" e pela avenida principal da cidade, a "Nilo Peçanha"  me fez lembrar da infância. O clube dos Corados, o casarão onde íamos jogar totó, a sorveteria "Sem Nome" onde íamos tomar sorvete de creme de cereja nas noites de verão, a tradicional Festa da Glória, padroeira da cidade...

Mas meu xodó são os jardins... Lembro do quanto me balancei naquele parquinho! Gostava de olhar pro alto, nas árvores a procura de bichos-preguiça... rsrsrs

Estou fazendo este post hoje por um motivo simples: estou sentindo muita saudade de Valença... Queria falar dela já que hoje neste exato momento não posso ir até ela! Mas esteja eu onde estiver, a levo no coração. Meu recanto sagrado, o cantinho mais gostoso desse mundão de Meu Deus!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário