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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pão com Mortadela e etc...

 

Com o insuportável e crescente corre-corre do nosso dia-a-dia, muitas vezes deixamos de curtir os momentos e de valorizar as coisas simples e “pequenas” que a vida oferece a todo instante.

No DVD “The Secret” (O Segredo”), um dos apresentadores do documentário, o escritor Neale Donald Walsh (autor da série de livros “Conversando com Deus”) diz: “Se você se sente bem meditando por uma hora, faça isso; se você se sente bem com um sanduíche de salame com salada, então coma um!”.

No Sítio do Picapau Amarelo (versão clássica), no episódio “As Caçadas de Pedrinho”, o personagem Visconde de Sabugosa (André Valli) após correr risco de vida na mata onde há uma onça solta, comenta com Tia Nástácia (Jacyra Sampaio) que o seu café tem “o próprio gosto da vida”. Nisso Dona Benta (Zilka Sallaberry) entra na cozinha e diz que é lindo o que o Visconde está dizendo, porque precisamos mesmo valorizar as coisas simples da vida, e ele então prossegue: “Tomar um café, comer qualquer fruta do nosso pomar, beber um copo de leite da vaca Mocha que a senhora tanto gosta, uma gemada... (vídeo abaixo)"

 

 

Uma vez no programa “Mais Você”, da Ana Maria Braga, a vi contar uma história sobre uma mulher que sentiu muita vontade de comer jiló. Ela foi à feira, comprou jiló, voltou pra casa, o cozinhou e comeu com muitaaa vontade! Sentiu-se plenamente feliz naquele momento.

Bom... jiló é um dos pouco legumes que eu não gosto. Mas se ela gosta, que coma e coma muitooo!

Não sei porque temos o hábito de deixar sempre pra depois as coisas que temos vontade de fazer num dado momento. E assim, a vontade passa e acabamos esquecendo. Ficamos sempre tão focados na pressa, nos compromissos, nos horários e não vivemos de verdade.

Eu decidi que não quero envelhecer cantando a música “Epitáfio”, dos Titãs, por mais que eu goste dela (tanto a letra como a melodia). A hora é agora!

Um dia desses, eu estava saindo da locadora de DVDs próxima ao prédio onde eu moro e senti um cheiro tão bom, de mortadela fresquinha. O cheiro vinha da padaria ao lado da locadora. Eu venho tentando, nos últimos anos me tornar vegetariana (e hei de conseguir!). Eu ia passar direto, mas quando já ia atravessar a rua pra vir embora pra casa de repente parei e pensei: “f*da-se, vou comer pão com mortadela!”.

Entrei na padaria e pedi um pãozinho francês com aquela mortadela que estava “cheirando tanto” e uma coca-cola (meu maior vício e fonte da cafeína que eu consumo – já que não bebo café). A moça que me atendeu, muito simpática, disse que eu estava certa em fazer isso porque a gente não leva da vida nada além desses pequenos momentos de prazer. E ali, no balcão de uma padaria do meu bairro, batendo papo com a vendedora, saboreei o pão com mortadela mais delicioso de que eu tenho lembrança!  Fazia tempo que eu não comia mortadela, mas muitooo tempo!

Depois, voltei pra casa feliz. Só aquele momento já me valeu o dia!

Outro dia, vi parado na beira da rua um daqueles caminhões antigos, que tem aquelas “antenas” dos lados, com bolas nas pontas. Aqueles caminhões “bochechudos” que quando eu era criança chamava de “caminhão-ônibus” pela semelhança do barulho do motor. Vira e mexe vejo esses caminhões, mas me passam despercebidos devido ao maldito corre-corre.

Mas nesse dia eu fiz uma coisa que eu adorava fazer quando era criança e adolescente: puxar pra baixo aquelas bolinhas das “antenas” do caminhão só pra vê-las balançando. Então ao fazer isso quando passei pelo caminhão, comecei a rir sozinha na rua.

É claro que não podemos fazer exatamente TUDO que temos vontade, porque se alguém de repente sentir vontade de sair correndo pelado pela rua, certamente vai pro xilindró, né?

Mas tem muita coisa que podemos e devemos fazer porque ESTAMOS VIVOS e a vida passar muito rápido. “Curta a vida porque a vida é curta” é uma das minhas frases preferidas!

Coma aquele bolo de padaria que você adora e nunca tem tempo de comprar!  

Coma o que tem vontade, na hora que essa a vontade pintar – e sem pressa, saboreando, sentindo o momento... E sem vergonha de lamber os “beiços” como fazem os sábios animais!

Vá à feira nem que seja só pra olhar e andar no meio das barraquinhas sentindo cheiro de churrasco, misturado com outros cheiros como de pastel e mexerica.

Cante embaixo do chuveiro e se permita um momento antiecológico (existem outros modos de economizar água sem que seja preciso encurtar o banho).

Dance na chuva, cheire uma flor no jardim (mas não vá arrancar a coitadinha pra jogar fora depois!), pule muro, solte pipa mesmo não sendo criança... Invente, inove, atreva-se, dê asas à sua imaginação. Permita-se ser você mesmo!

 

VIVA AGORA! Pra que quando o fim dessa existência corporal estiver próximo você não se arrependa do que NÃO fez e não descubra que apenas existiu mas NÃO VIVEU

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