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domingo, 10 de julho de 2011

Johnny Depp: Três faces de um talento único!

(JULHO/2014:  Texto atualizado, com muitas fotos novas!)

O Chapeleiro Maluco em "Alice no País das Maravilhas".

O Professor de Matemática Frank Tupelo em "O Turista".

E a volta do nosso velho (anti) herói Capitão Jack Saparrow em "Piratas do Caribe 4".


No último período de um ano, um nome não sai da  boca dos cinéfilos: Johnny Depp.
E não é pra menos, porque ele também não sai das telonas! Que bom!!!

É... Eu ia falar só do último ano porque senão o blog seria pequeno pra tanto texto e fotos, afinal, este grande ator já nos encanta com seu talento há quase três décadas! Mas resolvi, antes de tudo, fazer um "flashback", já que é a primeira vez que dedico um post especificamente a ele:

A primeira vez que vi esse rosto e li esse nome foi na capa de uma revista "Querida", de 1989. Ele fazia parte do elenco da série de TV "Anjos da Lei", mas já tinha feito alguns filmes como "A Hora do Pesadelo" e "Platoon". Eu não via "Anjos da Lei" e não lembro se àquela altura eu já tinha visto "A Hora do Pesadelo" ou não. Mas só sei que quando vi não o reconheci. Platoon com toda certeza eu não tinha visto - e não o vi até hoje porque filme de guerra não faz meu estilo; talvez um dia resolva "encarar"!

Mas voltando à capa da revistinha... Johnny Depp, aquele rosto com inegáveis traços indígenas. Li sobre ele mas não dei muita importância, primeiro porque devia ser só mais um galãzinho que em poucos anos seria esquecido e segundo porque ele não fazia muito o meu tipo. Atenção para as palavras FAZIA (precedida por um "não" e no pretérito) e MUITO (que não é o mesmo que "nem um pouco"). rsrsrs

Felizmente eu estava enganadíssima! A maioria dos outros rostos que estampavam aquela resvista de adolescentes sumiram. Mas o dele não e eu pude descobrir seu imenso talento quando assisti no "Supercine" ou "Tela Quente" ao filme "Edward Mãos de Tesoura". Estava lá aquele estranho "ser", incrivelmente feio e com tesouras no lugar das mãos, mas igualmente sensível e encantador, graças à perfeita interpretação de Johnny.

O segundo filme que vi com ele foi "Gilbert Grape, Aprendiz de sonhador". Do começo ao fim dos anos 90, eu e mais uma turma que incluía primos(as), amigos(as) da vizinhança ou do grupo amador de teatro e dança que eu comandava na época nos reuníamos sempre, geralmente na minha casa pra assistir filmes. Íamos à locadora de VHS, cada um escolhia um filme (ou, para alugar apenas um ou dois filmes, escolhíamos por votação), e pagámos na base da "vaquinha".

Quando não comprávamos umas besteiras na rua pra comer durante as "seções", minha mãe sempre fazia algo gostoso pra gente, de pipoca a sanduíches. Víamos de tudo um pouco, exceto filmes pornôs, é claro! rsrsrs

Numa dessas visitas à locadora, escolhemos, entre outros, "Gilbert Grape". Me amarrei na história e em especial no personagem do Johnny Depp. Ele e o Leonardo DiCaprio deram um verdadeiro show de interpretação e me ecantou a relação tão bonita entre aqueles dois irmãos.

Eu sei que o Johnny odiou fazer a cena em que teve que dar umas "porradas" no irmão com problemas mentais e ficou se desculpando o tempo todo com o "Leo". Mas pra ser franca, quando vi a cena, gostei! Na vida real eu não faria aquilo, nem acho legal. Mas vendo o filme, aquele garoto às vezes irritava e parecia se aproveitar de seu problema pra abusar da boa vontade do irmão. Mesmo assim, acho linda a amizade dos dois.

Ali, vendo o "Gilbert Grape", eu estava virando fã de Johnny e não sabia! É um dos personagens mais belos que ele já fez. Sim, é um personagem bem normal - anormal era a vida dele e aquele família que ele tinha que aturar! A única que escapava era a mãe dele, uma vítima do preconceito. Mas aquelas irmãs, ninguém merece! rsrsrs Estou sempre voltando a ver esse filme. A única coisa que não gosto muito ali é do cabelo do Johnny tingido de um louro muito esquisito...

Um tempo depois, pra nossa "seção de cinema em casa" alugamos o "Don Juan De Marco" e Johnny se consolidou como o meu ator de cinema preferido. Eu o achava simplesmente o melhor! Ele era ainda um ator em começo de carreira, pode-se dizer (comparando ao que ele é hoje) e mesmo contracenando com um monstro sagrado como Marlon Brando, não deixou nada a desejar a ele! Johnny encarnou perfeitamente o jovem romântico e inconformado com a realidade de sua vida que assim, sem mais nem menos, decide simplesmente ser "Don Juan".

Enquanto outros atores como John Travolta e Brad Pitt me encantaram primeiro por sua beleza e charme pra depois eu admirá-los como os grandes atores que são, com o Johnny aconteceu o contrário: o que primeiro me chamou a atenção nele não foi seu inegável charme e sua beleza exótica, mas sim seu talento e sua versatilidade em cena.

E foram vindo mais e mais filmes com ele! "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça" (que me meteu medo e me fez torcer pelo cativante personagem do Johnny), "Chocolate" (que me deu inveja da atriz Juliette Binoche porque o personagem do Johnny é um doce de coco - com chocolate, claro), "Em Busca da Terra do Nunca" (que me fez rir e chorar, filme lindo, Johnny mais que perfeito no papel do criador de "Peter Pan")...

Enfim... muitos filmes! Exibidos na televisão, alugados na locadora de vídeo, ou vistos no cinema. Ele era sempre uma figura mais que presente no meu universo de cinéfila assumida. Seu talento, carisma e versatilidade sempre faziam com que ele roubasse a cena em qualquer filme onde estivesse.

Lembro que quando eu soube de "Piratas do Caribe" esperei ansiosa por sua estréia. Fui com meu primo ao cinema assistir e voltei pra casa querendo mais (e voltei ao cinema dias depois)! Me encantei por Jack Sparrow, o pirata mais esperto, desajeitado, gente boa e divertido que já existiu!

"A Fantástica Fábrica de Chocolates" também vi no cinema duas vezes. Uma delas com meu primo e outra com uma amiga tão chocólatra quanto eu. Antes de entrarmos na sala de cinema, compramos ali mesmo numa chocolateria do shopping onde o filme estava em cartaz, um pacote de trufas de todos os sabores pra comermos no lugar da boa e velha pipoca. E assim equanto víamos a deliciosa cachoeira de Wonka nos empaturrávamos de chocolate! rsrsrsrsrs

Gene Wilder que me desculpe, mas o seu Willy Wonka (na primeira versão deste filme feita em 1971) se encolhe e até some diante da brilhante interpretação do Johnny Depp pra esse personagem! E olha que não sou chegada em remakes - mas esse caso é uma exceção à regra (como já comentei no meu texto "Remakes: Já chegaaa!", aqui mesmo neste blog).

O que mais me impressiona no Super-Depp é a versatilidade. Ele faz drama, comédia, romance, ação, suspense, aventura, terror, musicais, infantis... E faz todos esses gêneros com muita habilidade, sem nunca apresentar uma atuação inferior. E ele também sabe cantar!

E nenhum personagem seu é igual ao outro! Ele diz que todos os seus personagens tem algo dele próprio, uns mais outros menos, mas sempre há algo "Depp" nos caras que ele interpreta. De acordo com as palavras do ator, se não fosse assim, ele não estaria interpretando, mas sim mentindo. Eu acho que ele está certíssimo, e vejo que a maioria dos atores sempre empresta algo seu ao personagem, é dificil ser diferente.

Mas ainda assim, cada personagem do Depp tem algo só seu, só DAQUELE personagem e de nenhum outro. Ele cria uma outra pessoa e a incorpora! Eu já vi uns vinte e poucos filmes dele (e tenho muito mais pra ver), dos quais possuo uns dez em DVD original, e cada personagem é ÚNICO.

Um dos meus preferidos entre seus filmes mais recentes é "Inimigos Públicos". Um filme pra rir, chorar, temer, ficar ansioso e ao mesmo tempo se "derreter" pelo ladrão de bancos durão, frio, calculista, inteligente, elengante, cara-de-pau, debochado, carismático, sensível, educado e apaixonado. O John Dilinger de Johnny Depp é tudo isso e muito mais. Eu vi fotos do verdadeiro Dillinger e é impressionante como o Johnny conseguiu ter aquele mesmo olhar abusado e o sorrisinho irônico do ladrão mais famoso dos anos 30!

É... só mesmo o Depp pra me fazer torcer por bandido em filme! O mesmo aconteceu outras vezes como quando assisti "Era uma vez no México", em que o personagem do Johnny, o agente Sands, é um grande fdp insano capaz de matar o cozinheiro porque a comida é boa demais! Mas acabei torcendo por ele, ainda mais depois do que lhe acontece quase no final do filme (assistam e assim saberão - hehehe). Um parêntese aqui:

O Johnny é do tipo de ator que "fala com os olhos". Para cada personagem ele tem um jeito diferente de olhar. Eu mencionei o olhar de John Dellinger em "Inimigos Públicos" que é impressionante. Mas quem não se intrigou com aquele brilho malicioso nos olhos de Willy Wonka, do já comentado aqui "A Fantástica Fábrica de Chocolates"? Demais! E no caso desse personagem, Johnny adicionou uma voz característica e uns trejeitos que combinaram direitinho com o personagem. Sem dúvida, ele é um ator superexpressivo! Tenho pavor de atores que só dizem o texto, fazem o gesto que tem que fazer, mas não mostram NADA vindo de dentro. A cara não muda. O olhar não muda. O sentimento não muda - mesmo porque não tem! Johnny é o oposto disso. A propósito, o engraçado é que vejo muita gente se referir aos seus personagens mais caricatos e aos trejeitos destes esquecendo-se de que na verdade esses personagens de visual (figurino, maquiagem e acessórios) e gestos espalhafatosos representam menos de um quarto da carreira do Johnny até hoje.

Fim do parêntese! Voltando ao ponto em que eu parei... Seria possível para Johnny atuar bem num filme em que não pudesse usar seu olhar expressivo e muito menos os trejeitos típicos dos seus personagens exóticos e/ou caricatos? SIM. Assistam "Era uma vez no México" e verão! Bom... o porquê de não "poder" usar trejeitos é simplesmente porque tanto o personagem como o momento pelo qual este estava passando principalmente, não pediam. Mas o porque da ausência de seu "olhar magnético", ah, isso não conto de jeito nenhum, porque já vou dar spoilers suficientes dos três filmes que a partir de agora, vou comentar!!! Só digo (pra quem não viu ainda esse filme, de 2003) que ele dá show e faz esse filme mediano valer muito a pena. O filme ainda tem Antonio Banderas e Mickey Rourke (entre outros), mas eles são ofuscados pelo brilho da atuação do Johnny.




Em meados do ano passado eu estava numa sala de cinema lotada assistindo à nova versão de "Alice no País das Maravilhas" inspirada na obra de Lewis Carroll. Adoro esse tipo de filme (e livro)! E lá estava, mais uma vez meu ator preferido Johnny Depp em mais uma parceria com o diretor Tim Burton.

Seu personagem chega a se destacar em muitos momentos mais do que a própria Alice, protagonista da história. Adorei o filme, achei interessante essa Alice adolescente prestes a se casar, retornando ao seu mundo de criança. Vira e mexe, estou vendo o filme de novo.

O Chapeleiro é um personagem ambíguo que transita entre a loucura e a lucidez, o presente e o passado, a coragem e o medo, a alegria e a angústia, a inocência e agressividade. O personagem é digno da atuação de Depp e vice-versa.

Mas por falar em ambiguidade...




No começo deste ano, já estava Johnny Depp novamente em cartaz nas telonas! Eu andei com uma gripe terrível que durou semanas, tossindo e com febre; não saía de casa nem pra ir à padaria. Assim, perdi o filme... no cinema. Fiquei triste porque eu havia aguardado ansiosamente por ele e também porque meus amigos(as) e conhecidos(as) que foram, disseram que eu perdi um ótimo filme e que eu ia adorar...

Mas assim que ele saiu em DVD, fui procurar por ele nas locadoras em que sou sócia (porque como se sabe os filmes saem primeiro com exclusividade para as locadoras e só depois para uso doméstico).

Mas o filme não parava lá! Em nenhuma das "minhas" locadoras! Cansei de ouvir " 'O Turista' está locado". Então reservei e esperei. Finalmente consegui pegá-lo e naquela noite o assisti duas vezes!

SPOILERS... SPOILERS...SPOILERS...SPOILERS...

Bom, como eu disse, o Chapeleiro é um personagem dúbio, ambíguo e às vezes parece até bipolar! rsrsrsrsrs

Mas esse Frank de "O Turista" traz um tipo diferente de ambiguidade: interna. Você olha pra ele e não sabe quem ele é. Parece que está sempre observando, analisando, armando...

Vendo o filme pela primeira vez eu engoli que ele era um professor de matemática inofensivo e até ingênuo. Tímido, atrapalhado e triste pela perda da esposa. Johnny passou isso perfeitamente. Era só um turista que entrava sem querer numa tremenda encrenca porque foi confundido com um pilantra que roubou uma grana preta de um gangster. O pilantra em questão se chama Alexander Pierce.

Como "ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão" (diz o ditado) eu já estava gostando do tal do Pierce mesmo sem ver a cara dele. Mas o "danado" não aparecia! Eu fiquei com peninha do Frank quando o prenderam e também quando o entregaram pro gangster em troca de dinheiro.

Mas algumas atitudes dele me deixaram com a "pulga atrás da orelha":

- Como é que ele vai seguindo uma "ilustre desconhecida" e se hospeda com ela no hotel? Ok, ela é estonteante, mas ainda assim uma estranha que ele acabara de conhecer no trem pra Veneza.

- Quando dois homens chegam no seu quarto pra pegá-lo, a cara dele não é de um professor inocente, mas sim de alguém que tem culpa no cartório e está se borrando de medo de ser desmascarado.

- A "cena das pombas": eu reparei muito bem que aquilo é cigarro de verdade, que ele acendeu com um isqueiro. Por um breve instante olhei bem pra cara cínica dele e enxerguei Alexander Pierce ali! Pensei: "será?"

- Em alguns momentos ele assumia um jeito sedutor e seguro demais que me fazia pensar: "esse aí de bobo não tem nada!". Um exemplo disso é no momento do baile quando a bela Elise (Angelina Jolie) não consegue resistir e dança com ele. "Este é o único lugar no mundo onde eu deveria estar" responde ele quando ela diz que ele não deveria estar ali. E ele ainda ironiza, dizendo que ela pagou por seu traje.

Bom... quem viu o filme (e acredito que quem está lendo, o viu ou não se incomoda com spoilers) sabe do que estou falando... rsrsrsrs

Mas vinha sempre algum acontecimento que me fazia pensar que aquele sujeito jamais poderia ser o Pierce. E eis que o próprio aparece de costas na festa e deixa um envelope na mesa para Elise. Pronto. Minhas fracas suspeitas desapareceram e eu só queria ver a cara do Pierce! Admirava sua esperteza.

Depois disso, acontece tanta coisa, e eu torcendo pro Frank conseguir se safar de toda essa confusão. Até que ele entra na casa do Alexander Pierce pra resgatar a Elise das mãos dos gangsters.

SE NÃO VIU O FILME AINDA E PRETENDE VÊ-LO NÃO LEIA DAQUI PRA FRENTE DE JEITO NENHUM... PULE LÁ PRA BAIXO DO TEXTO, PROS PIRATAS DO CARIBE!!! rsrsrs

Quando ele entra com aquele jeito firme e decidido dizendo que é Alexander Pierce eu disse: "então é você?!". Mas Elise não acreditava e eu acabei indo com ela. Fiquei pensando que ele estava fazendo aquilo só mesmo pra protegê-la, por amor (que lindo!). Mas as rápidas explicações que ele dava pra sua mudança física eram tão doidas e precisas ao mesmo tempo que fiquei sem saber o que pensar.

Então ele se aproxima do cofre, os vilões levam tiros dos policiais e caem, mortos. Fim do sufoco. Alexander Pierce é encontrado lá fora em algum lugar em Veneza e os agentes correm pra pegá-lo.

Diante da declaração de Elise (que havia dito "eu te amo" a Frank quando ele se aproximava do cofre de Pierce prometendo abrí-lo), ele quer saber qual é o sentimento da moça em relação a Alexander, seu ex. Ela diz que embora ame Frank continua amando também Pierce. Pronto! Eis que Frank diz ter a solução pra esse problema (e aí é claro que eu já "advinhei" o que ele ia dizer) e ABRE O COFRE, digitando a senha secreta que só Alexander Pierce sabia!

Meus olhos arregalaram, meu queixo caiu! Literalmente. O falso Pierce que a polícia pegou era só um otário pago por Pierce pra se passar por ele.

Quando o filme terminou, enquanto as letrinhas subiam ao som da ótima música do Muse, "Starlight" eu saía do estado de choque e dava um monte de risadas histéricas. É verdade, eu sempre tive essas coisas, crises de riso nos momentos mais inesperados! rsrsrsrs Eu ria e me balançava na poltrana dizendo: "Seu fdp, você me enganou direitinho!".

Por falar nisso, a trilha sonora do filme, as paisagens de Veneza, os figurinos e tudo o mais nesse filme somando à direção, atuações do elenco, a história instigante, as cenas de ação com a dose certa de humor, o mistério e o romantismo sempre presentes, o tornam gostossíssimo de ver (e rever).

E foi o que eu fiz assim que acabou de tocar a música do Muse e eu parei de dar risadas: assisti ele todinho de novo! Mas dessa vez prestando atenção nos mínimos detalhes.

Vamos aos principais deles:

- Frank não conseguia largar o cigarro, por isso arranjou um cigarro eletrônico, de mentirinha (Pierce tinha os dentes encardidos de tanto fumar).

- Ele fazia questão de repetir que era americano, como se tivesse que convencer os outros (e até a si mesmo) disso (Pierce era inglês).

- Ele temia que Elise o reconhecesse no trem e se mostrou cauteloso, medindo as palavras até se assegurar de que ela não desconfiou de nada.

- Ele diz frases improváveis pra um professor de matemática formal e certinho como ele tentava parecer. Em duas dessas frases deixa claro que não gosta de sensatez. Uma delas ele diz que é um elogio para Elise: "Você é a pessoa MENOS sensata que conheci".

- Quando ele foge, de novo percebo que aquela é a reação de um pilantra e não de um bobão. E como um professor de matemática teria tanta facilidade em saltar de um telhado ao outro?

- Ele EMPURA SIM, o guarda. Depois diz que foi um acidente.

- Quando está algemado e o delegado pergunta se ele fuma, ele diz que não. Mas está doido pra fumar e fica até triste quando o homem destrói o que restava de seu cigarro.

- Mais improvavél do que tudo isso que citei até agora é um inocente e inofensivo professor de matemática pilotando uma lancha com o pé até passar com ela por cima de um de seus perseguidores e se sentir aliviado em vez de culpado.

- Ele ficava o tempo todo fazendo perguntas à Elise, principalmente sobre Pierce e a relação dela com o "ladrãozinho" (epaaa... seria mais correto dizer "ladrãozão" afinal ele roubou mais de dois BILHÕES do velho! kkkkk).

- Quando vê Elise indo embora com o barco ele diz em voz alta "Mas eu estou apaixonado por você". Ok, ali era o "Frank", ou melhor, Pierce matendo seu teatrinho. Mas logo na cena seguinte ele tira a máscara: é a "cena das pombas". Some Frank o bobão, surge Alexander o espertalhão!

E assim também no baile, como já comentei. Vendo pela segunda vez isso fica ainda mais explícito. Acredito que ele se revelaria pra ela na mansão, mas ele é pego pela polícia e seu plano dá errado. Assim, no final ele realmente se sacrifica por amor a ela. Para salavá-la ele revela sua identidade ao gangster e estava disposto a entregar-lhe todo seu dinheiro de volta e consequentemente, sua própria cabeça também.

Me pergunto como o Depp conseguiu isso: revelar ao mesmo tempo escondendo (ou vice-versa). Estava tudo ali, os menores detalhes da sua interpretação mostravam isso; ele não se esqueceu de nada! Era o ator Johnny  Depp interpretando o bandido Alexander Pierce, que sem ser ator interpretava o professor Frank Tupelo! Ou seja: Johnny fazendo o espertalhão "ensaboado" que finge ser um bobão atrapalhado. E ele tirou de letra esse que na minha opinião foi um dos papéis mais difíceis de sua carreira - e creio que nenhum ator o interpretaria tão bem quando Johnny o fez!

Fiquei muito surpresa ao procurar no dia seguinte, informações aqui na internet sobre o filme e deparar com certas críticas bem negativas e nos comentários, uma turma de "maria-vai-com-as-outras" concordando com as críticas sendo que a maioria dessas "marias" ainda nem o havia assistido!!!

Claro que também vi críticas positivas, mas o que mais me desagradou foi saber que alguns não entenderam o porquê das piadas quanto às indicações do filme ao "Globo de Ouro". As indicações foram merecidas. O problema foi o erro de categoria: o filme foi classificado como "comédia-musical"!!! A piada está aí e não na qualidade do filme.

Outra coisa: teve até gente enxergando o Jack Sparrow no persoagem do Johnny e dizendo que ele está impregnado pelos maneirismos do pirata depois de passar tanto tempo e quatro filmes como astro principal da franquia.

A-hááá! PEGUEI! Esqueceram que "O Turista" foi filmado ANTES de "Piratas do Caribe 4" e que Johnny não entrava na pele do Capitão Sparrow havia quatro anos. Desde que a série surgiu, Johnny nunca havia passado tanto tempo afastado do velho Jack.

Pouco depois de "Piratas do Caribe 3", exibido nos cinemas em 2007, Johnny fez outros papéis que em nada lembram o nosso querido pirata. Melhor exemplo disso é "Inimigos Públicos" (já citado neste texto) onde Johnny mostra que é perfeitamente capaz de se despir dos maneirismos e trejeitos do Capitão e construir novos e diferentes - mas igualmente caristmáticos - personagens.

Sobre a cena do telhado do filme "O Turista" que é onde andaram enxergando Jack Sparrow, se for pensar bem até os caras que perseguiam Frank, estavam meio Sparrow, afinal é bem dificil correr num telhado sem "pisar em ovos", não? Quanto ao Jack, ele deve seu molejo característico às muitas garrafas de rum que bebe todo dia - e noite também.

E é dele que vamos falar agora, senhoras e senhores, com vocês: Capitão Jack Sparrow Primeiro e Único!






Como Jack já estrelou quatro filmes, merece quatro fotos para o novo (e quarto) filme que ainda está em cartaz em alguns cinemas pelo mundo afora e já ultrapassou a marca de UM BILHÃO DE DÓLARES em bilheteria, sendo o oitavo filme da história a ultrapassar esse número! Sem falar que foi a maior estréia da história do cinema!

É claaaro que fui (assim como fiz com os outros três filmes da série) assistí-lo no cinema. Adoro cinema, se puder vou todos os dias! Ainda mais quando aparece um filme tão aguardado e especial como "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas".

A princípio, senti falta de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swan (Keira Knightley). Mas isso durou pouco porque Jack (ou melhor, Johnny) está inspiradíssimo e conta com velhos conhecidos como Gibbs (Kevin McNally) e Barbossa (Geoffrey Rush) além dos novos e marcantes como Angélica (Penélope Cruz) e Barba Negra (Ian McShane), entre outros.

A história é empolgante. Mil vezes superior a de "Piratas do Caribe 3" e um pouco melhor do que a de "Piratas 2". Iguala-se no meu ver ao primeirão, o "A Maldição do Pérola Negra", de 2003.

É uma história mais independente das outras, original e cheia de surpresas como as sereias malvadas com dentes de vampiro e aquela linda fonte da juventude.

O filme é recheado de cenas dessas que a gente não se cansa nunca de ver! Uma delas é quando Jack se passa por juíz, seguida de sua fuga ilariante que inclui a "cena do bolinho". hauhauha

 Depois, quando ele enfrenta uma pessoa que se passa por ele (dessa vez no spoiler - rsrsrs) em uma luta de espadas surpreendente...

No fim, Jack sacrifica seus desejos mais uma vez. Algo comum a todos os filmes é isso: ele sempre acaba bancando o herói e mostrando que no fundo, tem um bom coração e não é nada egoísta.

No "Piratas 1" ele já começa salvando a mocinha e em consequência disso, se arriscando a ser preso (o que acaba acontecendo). No fim, ele novamente ajuda Elizabeth e seu amado Will.

No "Piratas 2" ele retorna ao navio após desistir de fugir e mostra-se corajoso ao "enfrentar a fera". Acaba traído por Elizabeth e devorado pelo monstro.

No "Piratas 3" ele abre mão de seu desejo, de navegar eternamente como capitão de um navio fantasma, pra salvar a vida de Will, deixando que este ganhe a "não-vida" eterna e assim possa ver sua amada Elizabeth pelo menos uma vez a cada dez anos.

Como eu já disse, só o Depp mesmo pra me fazer torcer por bandido e nesse caso, um "pirata infame" adorável! rsrsrsrs

Enfim, adorei o filme e não vejo a hora de poder comprá-lo e completar a minha coleção da série "Piratas do Caribe" em DVD. Li algumas críticas a esse filme, a maioria boas, outras nem tanto. Mas na verdade, nem li tantas assim.

Essas pessoas que ganham a vida criticando o trabalho dos outros não são outra coisa senão GENTE, como eu e como você que está aqui lendo. Simples cinéfilos com gostos e opiniões diferentes.

Já aconteceu de eu ler uma crítica que dizia por exemplo: "o filme é ótimo, o diretor usou luz e sombra na hora certa e a quimica entre o casal principal é impressionante" e em seguida li, sobre o mesmo filme: "o diretor pecou pelo excesso de sombras e faltou quimica entre os protagonistas". Mas é isso: são apenas pessoas opinando, nada mais do que isso.

Sendo assim, uma dica que eu dou (mesmo porque eu a sigo): Você quer ver um filme? VEJA antes de ler qualquer crítica. Depois que tiver visto, e já tiver sua própria opinião, aí sim, pode ler as críticas, pra concordar com umas, discordar de outras. Mas assim, verá o filme sem se influenciar pela opinião dos outros.

Aqui, algumas fotos do Johnny (como ele mesmo):









Para ver essas e outras (muiiiiitasss) fotos de Johnny acesse a página DEPPENDENTES DE JOHNNY


Mas voltando ao Johnny... em breve virão mais filmes com ele! O garoto não pára mesmo e eu estou adorando isso!

Outra coisa que me faz admirá-lo muito é o seu jeito de ser. Ele é autêntico, faz o que quer, não é "maria-vai-com-as-outras", nunca se deixou deslumbrar pelo sucesso, curte as coisas simples da vida como ver seus "legumes e flores crescerem" e tem uma humildade que poucos em sua posição teriam.

Vendo entrevistas dele, do comecinho da carreira e outras de AGORA (ontem mesmo vi uma do mês passado) fica claro que ele é o mesmo de sempre. O olho não mudou!

Um parêntese pra explicar: noto que alguns artistas quando alcançam muita fama mudam da água pro vinho! E o primeiro sinal dessa mudança, do "efeito mosca azul" é o olhar. Ivete Sangallo e Alexandre Pires são bons exemplos disso. Eles eram bem diferentes no começo de suas carreiras, e agora além do olho ter mudado, eles se tornaram exibidos e cheios de mesuras. As caras, bocas e chiliques da Ivete chegam a irritar. Ela passou tanto dos limites que fanáticos religiosos chegaram a dizer que ela estava "endemoniada" num show! rsrsrs E exemplos disso não faltam...

Bom, mas com Johnny Depp isso não aconteceu: ele olha as pessoas de igual pra igual, não se julga melhor do que ninguém por ser famoso, não se considera uma celebridade e não age como tal...

[Editado em julho de 2014]
A única mudança que percebe-se nele é o fato de ele ter amadurecido e assim, hoje, nem de longe lembra aquele bad boy quebrador de hotel dos anos 90. Depp hoje é um homem mais tranquilo, pai coruja, que gosta de estar com a família, com a sua guitarra e suas coleções de "tranqueiras" e livros antigos. Tem estilo próprio de se vestir e de viver e não está nem aí pro que os outros pensam.

Deixou de lado o passado cheio de encrencas, drogas e principalmente de bebidas - hoje, de acordo com ele próprio, não bebe nem mesmo vinho, já que resolveu desde o começo de 2012, dar um tempo na bebida, e desde então, só bebe cerveja sem álcool. Ainda fuma seu cigarrinho marrom, enrolado por ele próprio.


FELIZ NO AMOR









Para ver três lindos vídeos do casal clique aqui e vá à página "Deppendentes de Johnny" neste blog.

 Há alguns anos, sua vida pessoal passou por uma grande reviravolta: saiu de uma relação desgastada de mais de 10 anos e encontrou um amor que surpreendeu a muita gente (principalmente os preconceituosos). Entre outubro e novembro de 2011, engatou um relacionamento sério e cheio de emoção, companheirismo, romantismo, paixão, compreensão e apoio mútuo com a atriz Amber Heard, 28 anos, com quem contracenou no filme "O Diário de um Jornalista Bêbado" (filmado em 2009 e lançado em 2011 nos Estados Unidos e em 2012 no Brasil).

O casal está noivo desde dezembro/2013 ou janeiro/2014 (as informações são imprecisas, dizem que ficaram noivos no Natal, mas a notícia estourou na mídia somente quase um mês depois, em janeiro). Em 14 de março de 2014, eles deram uma festa pra mais de 100 convidados, entre familiares de ambos (como o casal de filhos que Johnny teve com sua ex-companheira Vanessa Paradis, Lily-Rose, 15 anos e Jack, 12, a mãe dele Betty Sue assim como o pai de Amber, David e a irmã dela, Whitney, entre outros parentes) e amigos íntimos de ambos, famosos e anônimos. A festa, ao que tudo indica foi para oficializar o noivado e dividir o momento com o amigos. O casamento será em breve, de acordo com o pai da noiva. 

A mídia, como sempre tenta criar polêmicas com tudo que envolve o nome de Johnny, sempre inventando, aumentando e distorcendo os fatos. Mas os fãs sabem sempre discernir entre o que é verdade e o que é notícia inventada por tablóides.

Sobre a vida social, Johnny gosta de curtir bons momentos em casa, uma mansão localizada em West Hollywood, Los Angeles-Califórnia (EUA) com os dois filhos e a noiva. Mas também tem saído bastante à noite e ido com frequência a bares, clubes, shows, festas, eventos, jantares... Tem tocado guitarra e bateria em diversos palcos, colaborado em CDs de amigos... 

E está na dele, com o bolso cheio de merecidos milhões de dólares, uma ilha no Caribe, um currículo de dar inveja a muitos astros e com seu olhar de sempre: claro, franco, humilde, direto, sem um pingo de afetação.
[Fim da edição]

E é por tudo isso (por suas qualidades como artista e como pessoa, somadas ao seu charme e estilo único) que ele integra a minha seleta galeria de ídolos e é no meu ver, o MELHOR ATOR do mundo!

E que venham os seus próximos filmes!!!