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terça-feira, 12 de outubro de 2010

(Des)Marcada!!!




Já aconteceu alguma vez com você de começar a ler um livro e de repente no meio dele, desanimar por ter se decepcionado com os rumos que a história toma?


Comigo nunca tinha acontecido. Pelo menos não ao ponto de me fazer desistir da leitura. Mas agora aconteceu.


Como gosto de histórias de vampiros (e isso comentarei em um outro post) comprei o quinto livro da série “House of Nigth” cujo primeiro livro se chama, em português, “Marcada”.


* SPOLIERES *


Eu li o primeiro livro da série e gostei do universo criado, da personagem principal e da sua avó. Também gostei de alguns outros personagens que surgiram na escola de vampiros onde Zoey (a protagonista e narradora da história) vai estudar. A saga parece seguir o estilo Harry Potter (que adoro!), porém no lugar de estudantes aprendendo a ser bruxos, moram na escola interna estudantes que aprendem a ser vampiros.


Neste universo, os vampiros existem e todo mundo sabe deles. Porém a transformação dá-se a partir do momento em que o adolescente é marcado (e não mordido) e dura anos até consolidar-se por completo. Achei isso meio esquisito porque contraria a lenda dos vampiros ainda mais do que a série “Crepúsculo” (que também gosto muito, e tenho todos os quatro livros – os quais já li, claro). Mas achei interessante.


Só achei este primeiro livro meio monótono, meio parado. Mas foi como uma apresentação dos personagens. Zoey começa um quase-namoro com o simpático e bom caráter novato (como chamam os alunos ainda não transformados totalmente em vampiros) Erik e eu gostei sinceramente do recém-formado casal.


O segundo livro, “Traída”, foi excelente! Empolgante! E foi aí que me tornei mesmo fã da série! Sabe aquele livro que te prende a atenção do começo ao fim e você não consegue larga-lo até que a história termine? Pois assim é o segundo – e excitante – livro da série “House of Nigth” das autoras P.C. Cast e Kristin Cast (mãe e filha).


Os próximos livros da série são: Escolhida e Indomada. Não lembro em que exato momento Zoey se transforma em uma “cahorra” (como ela mesma se define) e começa a machucar as pessoas que mais a amam, inclusive Erik, que a ama e faz tudo por ela, e também seu ex-namorado humano, Heath (entre outros). Chega a transar com um professor e Erik vê. O tal professor queria apenas usá-la e ela facilmente se deixa envolver por ele. A garota não pode ver um cara bonito sem se sentir atraída ou até apaixonada por ele.


Apesar disso, Erik, que logo completa sua transformação em vampiro, a perdoa. Como também perdoa sua “carimbagem” (mordida) feita em Heath! Mas no livro o cara é taxado de chato e ciumento como se as atitudes de Zoey fossem a coisa mais natural e correta do mundo!!!


No quinto livro, “Caçada”, que eu estava lendo até o outro dia, Heath aparece de novo e não gostei nada disso. Quando Zoey e Erik finalmente haviam se entendido lá vem o mala sem alça “pelinha” do Heath estragar tudo. Ele já estava “descarimbado” desde que ela transou com o professor. Mas... ele volta, coloca a vida dela em perigo e acaba “carimbado” outra vez porque ela precisa de sangue humano pra não morrer após o ataque de um inimigo perigosíssimo. Erik agüenta tudo porque quer ver sua amada viva e saudável. Mas ela impõe a ele a presença de Heath mesmo quando esta já não é necessária e acha que o cara tem que aceitar e não tem o direito de ter ciúmes! Pra mim foi o fim da picada!


Sempre fui feminista no sentido de achar que as mulheres têm os mesmos direitos dos homens. Mas do mesmo jeito que penso que um homem não têm o direito de ferir o coração de uma mulher que o ama e faz tudo por ele, acho que a mulher também não tem o direito de sacanear um cara legal e apaixonado que é capaz de perdoar seus erros mais imperdoáveis!


E pra completar ainda tem um terceiro rapaz na jogada. E Zoey lá no meio, brincando com os três e achando isso natural. Resumindo, a grande “sacerdotiza” bondosa e guerreira que eu tanto admirei nos primeiros livros se revelou uma “galinha”, egoísta, autoritária, mimada e cheia de vontades, do tipo que “se acha” e com os maiores defeitos que no começo ela criticava nos outros, em especial na personagem Aphrodite que era sua inimiga e depois acaba revelando-se uma boa pessoa e a ajuda na luta contra os inimigos que surgem.


Ao todo serão nove livros. E no quinto a história já está cansativa e distorcida. Acho que desandou, mesmo... Não sei pra que tantos livros! O desenrolar dos acontecimentos (contando por livro) é muito lento. Cada livro conta apenas um mês, em média! E são quatro anos de estudo na tal escola de vampiros. No Harry Potter cada livro equivale a um ano na escola. Muito mais dinâmico!


Está certo que em “House of Nigth” é tudo muito frenético, em um mês muita coisa muda, muitos perigos acontecem. Mas me pergunto: quantos livros seriam necessários pra chegar até o fim do curso? Pelo jeito não chega porque são nove livros! E ainda assim acho que são muitos, não precisava tanto.


Não sei se vou ler todos... O comportamento da protagonista me fez “desencantar”. Eu diria que estou “desmarcada” e quem fez isso foi a própria Zoey Redbird, a (anti) heroína da história!

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