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domingo, 29 de agosto de 2010

Um dia difícil...

Mainha... siga feliz seu caminho, "Dona Luiza". Um dia a gente se encontrará!

Esse blog não é um blog-diário, onde as pessoas escrevem apenas sobre suas vidas, sobre o que lhes acontece a cada semana, dia, hora... Não é um blog tão pessoal. Não é um blog-agenda.

Mas ainda assim, entre todos os meus blogs esse aqui é o mais pessoal. É aqui que costumo falar mais de mim.

Pois bem, agora quero falar sobre o dia de hoje. Hoje é 29 de agosto de 2010. Seria aniversário da minha mãe, Luiza. O último aniversário que ela comemorou com a gente foi em 2002. Eu estava na minha querida cidade de Valença passando uns tempos pra “arejar a cuca” após o encerramento de uma sociedade mal sucedida e resolvi chegar de surpresa na quinta-feira (sendo que eu havia ligado pra ela e dito que só voltaria no sábado). Quando o taxi parou na frente o portão da casa em que morávamos, no bairro Benfica, em Juiz de Fora, lá veio a feliz aniversariante me receber com um sorriso e um abraço. Ela estava de visual novo. Havia cortado o cabelo na altura dos ombros, num corte moderno que ficou perfeito pra ela.

À noite teve “parabéns pra você” com direito a bolo de brigadeiro e refrigerante com a família (já bem reduzida) reunida em volta da mesa. Dei a ela um presente e mal sabia eu que aquele era o último aniversário dela que comemoraríamos. Menos de um mês depois (em 18 de setembro de 2002) ela se foi... teve um enfarte (ou infarto) inesperado, afinal, ela parecia tão bem, estava tão disposta, animada e cheia de planos...

“Pra morrer basta estar vivo”, diz o ditado. E é mesmo! As vezes me pego pensando: “Estamos aqui hoje, fazemos mil planos, queremos tanta coisa em nossas vidas, temos idéias, realizamos coisas e de repente, do nada, ‘puft’, vamos embora sem aviso, sem despedida, muitas vezes no meio de um projeto pelo qual esperamos e/ou lutamos a vida toda - e quando finalmente o estamos realizando não podemos ter o prazer de vê-lo terminado!”

Hoje estaria aniversariando uma outra pessoa de quem gosto muito. Este infelizmente não cheguei a conhecer. Me refiro ao meu ídolo Michael Jackson. Ele é mais um exemplo desse “puft” que citei ali em cima. Ele estava voltando aos palcos, cheio de planos, cheio de vida, ensaiando feito louco, dando tudo de si e de repente... “puft”, é arrancado dos seus sonhos e planos, do seu lindo projeto em andamento e também de sua família, amigos e fãs.

Deus que me perdoe se eu estiver falando besteira... mas não gosto desse “puft”! Não gosto quando ele vem e nos tira as pessoas que nos são caras. Eu sei que a vida continua do outro lado, sei que estamos aqui de passagem e sei que as pessoas que amamos e se foram cumpriram suas missões aqui e talvez estejam melhores do que estariam aqui hoje. Mas ainda assim, eu queria pelo menos me despedir e poder fazer planos pra quando nos reencontramos lá do outro lado. Queria poder me preparar. Queria pelo menos que essas pessoas pudessem ter visto seus planos e projetos realizados. Queria que houvesse um aviso um ano antes pra que a pessoa pudesse saber e assim fazer tudo que gostaria de fazer antes de partir.

Eu queria... mas não é assim. Há “mortes” (as aspas são porque como eu já disse não acredito em morte a não ser na morte do corpo físico) em que a pessoa adoece e vai morrendo as poucos. Quem está perto pode ser preparar. Mas por outro lado a pessoa que está “de cama” sofre muito. Deveria haver uma maneira da partida ser justa tanto pra quem vai, como pra quem fica. Mas não tem. Um dos dois sofre de um jeito ou de outro. Se a pessoa parte de repente, ela sofre menos, mas quem permanece na Terra sofre mais porque leva um choque e demora pra superar (meu caso após a partida de minha mãe – e acho que ainda não superei de verdade). Se a pessoa adoece e vai morrendo aos poucos, quem fica se prepara pro momento mas também sofre em ver o sofrimento do doente amado – que por sua vez sofre ainda mais porque além das dores, ele fica se sentido um estorvo e isso é muito doloroso!

Enfim... não dá pra agradar a gregos e troianos mesmo! Nem DEUS consegue fazer isso na hora que decide nos levar daqui...

Mas chega desse papo fúnebre, né?

Estamos aqui e a vida continua (pra nós aqui e pra eles lá)!...

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