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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Religião Vs. Cultura




Eu venho observando que, de uns tempos pra cá, o crescente fanatismo religioso – principalmente dos cristãos fundamentalistas – vem metendo o nariz onde não é chamado: na cultura popular.



Como se já não bastasse a compra de cinemas e clubes e até mesmo desmatamento de áreas que deveriam ser preservadas para construir igrejas “em nome de Deus”, há grupos que também fazem campanhas ferrenhas contra eventos folclóricos que fazem parte da nossa história desde muito antes dos pais de seus sacerdotes nascerem!


Nos Estados Unidos, país de maioria protestante (ainda – já que há muitas religiões alternativas ganhando cada vez mais força por lá), a maioria das pessoas sabe separar religião dos outros elementos que fazem parte do seu dia-a-dia. Por exemplo: aos domingos vão ao culto e levam seus filhos à “escola dominical”. Mas não deixam de se fantasiar no Halloween e permitir que as crianças peçam de porta em porta “gostosura ou travessura”.


Eles também assistem a programas e filmes de todo tipo, vão a festas, dançam, ouvem todo tipo de música...


No Brasil, a religião fundamentalista incentiva os fiéis a descartarem toda e qualquer diversão, mesmo que esta tenha fortes raízes culturais. O argumento é que tudo que não faz parte da sua crença e não pertence ao seu livro sagrado (de acordo com sua interpretação, claro) é “do mal”, “do diabo”, “não é de Deus”, “é do mundo”. Peraí, para tudo! Mas quem foi mesmo que fez o mundo??? Não foi o tal do diabo! E onde mesmo é que nós estamos? Ah! Na Terra, ou seja: no MUNDO. Ué... então tem coisa errada aí!


Mas fato é que muita gente tem medo do desconhecido e acha mais fácil taxar tudo aquilo que lhe é estranho de “mal”. Enquanto o “seu” lado será sempre considerado o do “bem”.


Por isso os brasileiros de certas ramificações do Cristianismo não aceitam ganhar balas e doces no dia de Cosme e Damião, não brincam Carnaval, não dançam quadrilha nas Festas Juninas (alguns não podem nem mesmo ir à festa comer algum quitute em uma barraquinha), não recebem a Folia de Reis, não vão à festa de Halloween (que copiamos dos americanos)... Alguns nem mesmo comemoram o Natal e/ou a Páscoa.


Condenam tudo, desde Yoga (assim como qualquer prática oriental e símbolos) até biscoitinhos da sorte que vem com a comida do China In Box! Também não leemhoróscopo, já que pra eles Astrologia também “não é de Deus”.


Claro que não estou generalizando. Nem todos cristãos protestantes, ou fundamentalistas de qualquer religião são radicais assim. Mas cada vez aumenta o número de “crentes” que se tornam radicais(bitolados, fanáticos, obcecados, doentes!).


E pra quem é de outra religião ou mesmo não tem religião, ou seja, nós que somos chamados por eles de “mundanos”, fica cada vez mais complicado arranjar assunto pra conversar com eles. Se falamos algo referente ao nosso signo, eles torcem o nariz ou debocham. Se falamosde alguma festa, eles dizem com ar de superioridade: “não frequento festas do mundo”... Uma vez uma fanática gritou pra mim: “tá amarrado em nome de Jesus!” depois de ver no meu braço a minha tatuagem de borboleta. Uma BOR-BO-LE-TA. Se fosse uma cobra ou um morcego ela me batia! E se tivesse escrito “Jesus” ela iria me “abençoar”.


Um dia eu disse que gosto de meditar e ouvi da pessoa com quem eu conversava: “você fala com os espíritos?”. É imenso o preconceito e a desinformação. Mas essas pessoas não parecem interessadas em aprender as coisas pra então, DEPOIS, poder julgar ou opinar.


Um dia chegou na minha casa um amigo que é evangélico e eu estava assistindo a um dos filmes do Harry Porter. Eu o convidei a sentar e acabar de ver o filme comigo. Ele perguntou que filme era e eu respondi. Então ele logo falou: “Não, eu vou embora. Tá amarrado, isso eu não vejo não!”. Fiquei perplexa mas então desliguei a TV e o DVD e disse que assistiria depois. Ele foi mexer nos meus CDs e comentou: “só tem música secular, não dá pra mim”. Eu não aguentei e disse: “tem música de gente normal, se você chama isso de música secular, então que seja. Mas se não tem nada que te agrada aqui não posso fazer nada”. Ele disse que só ouve gospel e eu disse: “você sabe que não sou da sua religião. Não é possível que você não goste de nada na vida que não tenha que enfiar a religião no meio”. Ele, é claro, não gostou. Mas achou normal chegar na MINHA casa, mexer nas MINHAS coisas e ficar criticando com cara de dono da verdade.


Cantar pra Jesus, fazer comida pra Krishna, oferecer moedas a Bhudda. Tudo bem, eu até respeito. De verdade. Não estou aqui pra criticar religiões, mas sim o fanatismo religioso porque acho que pra tudo tem que haverlimites. A religião faz parte da vida das pessoas, mas não tem que se intrometer em tudo que se faz durante o dia!


Ok, a Consciência Cósmica, à qual chamamos de Deus está presente em tudo e todos, assim como em todos os momentos. Eu creio nisso (e respeito quem não crê porque tem muito ateu que com o coração muito mais nobre do que certas pessoas que se dizem religiosas). Mas Deus é uma coisa, e religião no sentido de instituição, rituais, livros, crenças e dogmas é outra, bem diferente!


Quer viver de religião e pra religião? Então entra pra um convento e dedica sua vida toda a isso. Assim, dá pra viver isolado do mundo. Mas já que está aqui fora, é importante participar dos eventos, saber conversar com as pessoas sobre assuntos diferentes... Claro que ninguém tem que gostar de tudo. Eu por exemplo, detesto funk e música sertaneja. Mas respeito as pessoas que gostam e sempre vamos encontrar algum gênero musical de que ambos gostamos.


Mas com pessoas como as que eu citei, torna-se impossível encontrar algum ponto em comum porque tudo que se fala numa conversa, lá vem eles enfiar a religião no meio! E o pior de tudo é que acreditam nesses boatos de que os bonecos dos Smurffssão assassinos, a Coca-Cola tem o símbolo do capeta, tudo que é artista famoso fez pacto com o dito-cujo... E querem nos impor essas crendices goela abaixo! Se você muda de assunto ou diz que não se identifica com a sua crença, se sentem ofendidos e dizem que você está “pecando contra Jesus”!!!


Uma conhecida minha que adora Carnaval tem uma filha que se tornou evangélica, e ao vê-la sambando em frente à TV disse à mãe que ela estava “endemoniada” e precisava procurar uma igreja!


É... parece que com o crescimento das religiões-comércio que geram fanatismo (repito: isso tem ocorrido mais no Cristianismo, infelizmente) toda a cultura popular brasileira corre sério risco de morrer. Será que Deus quer mesmo isso? Um bando de pela-saco que fala nele o dia inteiro mas não é capaz de ser tolerante com o próximo??? Cuidado, fanáticos! Isso é falar o nome de Deus em vão, é pecado! Vocês estão pecando e nem percebem...


Por que disseminar o preconceito contra as outras crenças, como se a sua religião fosse o último biscoito do pacote???


Eu acho que no Brasil isso ocorre muito mais do que nos EUA porque não há seriedade aqui. Hoje é muito fácil abrir uma Igreja em nosso país. Virou comércio! Por isso os líderes dessas congregações tem que manter seus fiéis bastante presos e dependentes, guardando o dinheiro do cinema ou das festas pra Igreja, assim como deixando de comprar CDs “seculares” pra comprar CDs de música gospel.Acredito que por saberem que seus fundamentos não são nada sólidos,esses líderes também tem medo de deixar os fiéis muito soltos por aí, livres pra frequentar ambientes ondem possam encontrar todo tipo de pessoas (e ideias) e de repente serem esclarecidos e acordarem.


Voltando a citar a entrevista da apresentadora Mara no programa Super-Pop da Luciana Gimenez – que já mencionei no post anterior: percebo que é muito difícil pra certas pessoas simplesmente respeitar a escolha do outro e entender que ninguém é superior por pertencer a essa ou aquela religião.


Quando um outro participante do programa (não lembro agora o nome dele) comentou a respeito do sincretismo religioso que existe na Bahia, Mara ficou bastante nervosa e contrariada. O cara não falou por mal! Disse apenas que quando surgiu aquele boato ridículo, nos anos 90, de que a Mara tinha feito macumba pra atrapalhar a ida da Angélica pro SBT, as pessoas talvez a tenham julgado capaz de fazer isso por preconceito por ela ser baiana,já que a Bahia, devido ao sincretismo e à força do Candomblé, é vista como “terra da macumba”.


Luciana Gimenez disse que é contra macumba (magia negra, prática do mal) mas que respeita muito o Candomblé. Ora, o Candomblé é uma religião africana muitooo antiga e merece respeito. Mas parece que a Mara não concorda, porque ela fez uma cara de quem comeu e não gostou e em vez de respeitar as diferenças e aplaudir o sincretismo (que significa no meu ver respeito à crença alheia) disse: “Não, mas isso está diminuindo! Os evangélicos estão crescendo na Bahia”. Que feio, Mara! Pra exaltar a sua fé, jogou a fé dos outros lááá no chão!


O sincretismo religioso é faz parte da cultura baiana e já existe há muito tempo. É tradição as baianas mães de santolavarem as escadas da Igreja do Senhor do Bomfim. Eu acredito que toda tradição não prejudicial (como esta) merece ser respeitada e preservada.


Mas os radicais religiosos combatem toda cultura e tradição como se fosse algo maligno!


Tiro o chapéu pra um pastor da Igreja Batista chamado Ed René Kivitz. Ele merece meu respeito, e as palavras dele foram postadas por mim no blog “Boca no Trombone”. Ele critica os jogadores do Santos que deixaram de ajudar as crianças de uma instituição por ela pertencer a um núcleo espírita, pede respeito a todas as religiões, e diz que ninguém tem o direito de querer que apenas a sua religião prevaleça e que todas as outras sejam liquidadas (como parece ser o desejo da apresentadora Mara e de todos que pensam da mesma forma que ela). Ele acrescenta, em outras palavras que ninguém é dono da verdade, mesmo porque quem saberá em qual livro sagrado ela estará?


Pessoas como este pastor fazem com que a esperançanum futuro de respeito à cultura de todos os povos e (de certa forma)ecumenismo substitua o medo do retorno a um passado de arenas, inquisições, caça às bruxas e guerras santas.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

MACHISMO: Mulher-costela é a @#$% &%$ #&@$%!!!

 

Entendeu o espírito da coisa, né?!rsrsrs

 


 

Pô, machismo (assim como qualquer tipo de preconceito) é inadmissível, ainda mais em pleno século XXI!


 

Dia desses fiz um post sobre separações e sei que em certos casos (de famosos e anônimos) o casamento acaba porque o homem não deixa a mulher trabalhar e ela um dia se cansa da vida de Amélia que levava.


 

Um dos casais brasileiros citados no fim daquele meu post, se separou por iniciativa da mulher, depois de ela ter aberto mão da carreira de atriz pra ficar em casa cuidado do marido e dos filhos durante anos e anos. Fala sério! Isso não existe mais! Ok, se foi uma opção DELA, não tem que vir agora reclamar (embora todo mundo tenha o direito de se arrepender das decisões que toma). Mas pode ser que o marido tenha “sugerido” que ela ficasse apenas em casa.


 

Há muitos casos assim. A mulher abandona tudo por imposição do marido. Ele continua com sua vida como quer, com sua carreira, seu trabalho, suas amizades, sua diversão. Mas a mulher é obrigada a abrir mão de seus objetivos pessoais e de praticamente tudo o mais que havia antes de casar. Ela meio que deixa de existir individualmente pra estar sempre ao lado do marido, pra viver a vida dele e dos filhos - quando estes existem, óbvio.


 

Estou assistindo novamente à minissérie “Chiquinha Gonzaga”, que está sendo reprisada no Canal Viva! e conta a biografia da compositora brasileira que ousou não se curvar diante do machismo do marido autoritário – que fora escolhido pra ela por seu pai – e não aceitar o lugar que a sociedade destinava às “mulheres de família”. E isso foi no século XIX!


 

Me recuso a achar normal que isso ainda exista nos dias de hoje e que às vezes seja incentivado pelas próprias mulheres!


 

Depois da revolução feminista dos anos 60, estaremos nós “encaretando”?! Depois de tudo que a mulher tem conquistado com tanta luta (e ainda épouco)?! Não aceito! Quem anda pra trás é caranguejo!!!


 

Algumas semanas atrás, eu assisti ao programa “Super Pop”, da Luciana Gimenez. Lá estava a apresentadora Mara “Maravilha”, falando da sua trajetória profissional e religiosa e apresentando sua nova casa em São Vicente/SP assim como seu atual marido, o dentista Alessander Vigna, a quem ela chama carinhosamente de “Doutor Sorriso” (porque ele cuida do “sorriso” das pessoas).


 

Entre as coisas absurdas que saíram da boca da baiana de 44 anos, uma me fez cair o queixo: ela disse que a mulher tem que obedecer o marido, não deve discutir com ele e nem mesmo precisa amá-lo (basta ser submissa). Parecia mais a mãe da Chiquinha Gonzaga aconselhando-a com palavras desse tipo: “Filha, os homens têm sempre razão, temos sempre que concordar com o que eles dizem”.


 

Acontece que a Mara vive no século XXI! Luciana Gimenez discordou firmemente (e eu mais ainda)! Como alguém vai obeder alguém sem questionar e ainda mais sem amar essa pessoa?! Mas Mara usou a Bíblia pra justificar seu pensamento.


 

Minhas perguntinhas que não querem calar:


 

Será que o fanatismo religioso de certas pessoas vai fazer a gente voltar à “pré-história”?


 

Será que um dia um(a) presidente escravo(a) da Bíblia irá nos impor vestidões que tampam até nossos tornozelos enquanto os homens, muito elegantes de terno e gravata borboleta vão pros bordéis encontrar as “mulheres-damas” e fazer com elas o que não podem fazer com a “santa” e submissa esposinha que fica no lar se enchendo de filhos?!


 

Por que é tão difícil pra certas pessoas entenderem que no tempo que a Bíblia foi escrita TUDO era muito diferente e atrasado – e justamente por isso não é possível pôr em prática HOJE tudo que está escrito ali?


 

“Deus criou o homem primeiro e fez a mulher da costela dele”. Balela! Podem me chamar de herege, dizer que estou blasfemando. Não ligo MESMO. Em “Chiquinha Gonzaga” (e outras séries, documentários, novelas, filmes e livros que narram os tempos antigos) a Bíblia era usada também pra justificar a escravidão: “os negros merecem passar por isso porque na África, eles ou seus antepassados eram todos pagãos”. Pagãos?! Oras, eles tinham sua própria religião!!! Mas isso é assunto pra outro post. Já estou misturando as estações... rsrsrs


 

Voltando a falar do machismo e dessa história de Adão e “Eva-costela”, encaro isso como uma simbologia da Bíblia, uma alegoria (de certa forma até justificável) inventada pra explicar pras mentes limitadas da época como se deu a criação do mundo e do ser humano. Até minha tia freira me confirmou que a Bíblia está cheia de alegorias que não podem ser tomadas ao pé da letra.


 

Se formos analisar isso cientificamente, podemos dizer metaforicamenteque na verdade foi Adão que foi feito da costela de Eva. Sim, porque a Ciência já comprovou que no ventre materno, nas primeiras semanas de gestação TODOS os fetos são iguais e todos são MULHERES, de certa forma. Acredito que isso deva-se ao fato de o homem ter o cromossomo X e à mulher não ter o Y (homem = XY e mulher XX). Mas não posso me aprofundar nessa questão porque não sou entendida no assunto.


 

De qualquer forma, Isso pode representar um escândalo pra Igreja (e pra todas as religiões e seitas cristãs e pseudo-cristãs que existem pelo mundo). Assim como levou muito tempo pra aceitar que a Terra é redonda, acredito que levará mais um tempão pra aceitar que a mulher surgiu primeiro. Mas um dia o Vaticano e Cia terão que se dobrar (novamente) aos fatos comprovados pela Ciência.

 

Por enquanto só posso comemorar as conquistas femininas e a mudança de pensamento da maioria (espero sim, que seja a maioria) dos homens que hoje vêem a mulher como um ser igual, e ao mesmo tempo lamentar pesamentos como o da Mara e outras pessoas que querem jogar na lata do lixo todo esclarecimento e progresso conquistado pela mulher em nome de suas crenças e dógmas!


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pão com Mortadela e etc...

 

Com o insuportável e crescente corre-corre do nosso dia-a-dia, muitas vezes deixamos de curtir os momentos e de valorizar as coisas simples e “pequenas” que a vida oferece a todo instante.

No DVD “The Secret” (O Segredo”), um dos apresentadores do documentário, o escritor Neale Donald Walsh (autor da série de livros “Conversando com Deus”) diz: “Se você se sente bem meditando por uma hora, faça isso; se você se sente bem com um sanduíche de salame com salada, então coma um!”.

No Sítio do Picapau Amarelo (versão clássica), no episódio “As Caçadas de Pedrinho”, o personagem Visconde de Sabugosa (André Valli) após correr risco de vida na mata onde há uma onça solta, comenta com Tia Nástácia (Jacyra Sampaio) que o seu café tem “o próprio gosto da vida”. Nisso Dona Benta (Zilka Sallaberry) entra na cozinha e diz que é lindo o que o Visconde está dizendo, porque precisamos mesmo valorizar as coisas simples da vida, e ele então prossegue: “Tomar um café, comer qualquer fruta do nosso pomar, beber um copo de leite da vaca Mocha que a senhora tanto gosta, uma gemada... (vídeo abaixo)"

 

 

Uma vez no programa “Mais Você”, da Ana Maria Braga, a vi contar uma história sobre uma mulher que sentiu muita vontade de comer jiló. Ela foi à feira, comprou jiló, voltou pra casa, o cozinhou e comeu com muitaaa vontade! Sentiu-se plenamente feliz naquele momento.

Bom... jiló é um dos pouco legumes que eu não gosto. Mas se ela gosta, que coma e coma muitooo!

Não sei porque temos o hábito de deixar sempre pra depois as coisas que temos vontade de fazer num dado momento. E assim, a vontade passa e acabamos esquecendo. Ficamos sempre tão focados na pressa, nos compromissos, nos horários e não vivemos de verdade.

Eu decidi que não quero envelhecer cantando a música “Epitáfio”, dos Titãs, por mais que eu goste dela (tanto a letra como a melodia). A hora é agora!

Um dia desses, eu estava saindo da locadora de DVDs próxima ao prédio onde eu moro e senti um cheiro tão bom, de mortadela fresquinha. O cheiro vinha da padaria ao lado da locadora. Eu venho tentando, nos últimos anos me tornar vegetariana (e hei de conseguir!). Eu ia passar direto, mas quando já ia atravessar a rua pra vir embora pra casa de repente parei e pensei: “f*da-se, vou comer pão com mortadela!”.

Entrei na padaria e pedi um pãozinho francês com aquela mortadela que estava “cheirando tanto” e uma coca-cola (meu maior vício e fonte da cafeína que eu consumo – já que não bebo café). A moça que me atendeu, muito simpática, disse que eu estava certa em fazer isso porque a gente não leva da vida nada além desses pequenos momentos de prazer. E ali, no balcão de uma padaria do meu bairro, batendo papo com a vendedora, saboreei o pão com mortadela mais delicioso de que eu tenho lembrança!  Fazia tempo que eu não comia mortadela, mas muitooo tempo!

Depois, voltei pra casa feliz. Só aquele momento já me valeu o dia!

Outro dia, vi parado na beira da rua um daqueles caminhões antigos, que tem aquelas “antenas” dos lados, com bolas nas pontas. Aqueles caminhões “bochechudos” que quando eu era criança chamava de “caminhão-ônibus” pela semelhança do barulho do motor. Vira e mexe vejo esses caminhões, mas me passam despercebidos devido ao maldito corre-corre.

Mas nesse dia eu fiz uma coisa que eu adorava fazer quando era criança e adolescente: puxar pra baixo aquelas bolinhas das “antenas” do caminhão só pra vê-las balançando. Então ao fazer isso quando passei pelo caminhão, comecei a rir sozinha na rua.

É claro que não podemos fazer exatamente TUDO que temos vontade, porque se alguém de repente sentir vontade de sair correndo pelado pela rua, certamente vai pro xilindró, né?

Mas tem muita coisa que podemos e devemos fazer porque ESTAMOS VIVOS e a vida passar muito rápido. “Curta a vida porque a vida é curta” é uma das minhas frases preferidas!

Coma aquele bolo de padaria que você adora e nunca tem tempo de comprar!  

Coma o que tem vontade, na hora que essa a vontade pintar – e sem pressa, saboreando, sentindo o momento... E sem vergonha de lamber os “beiços” como fazem os sábios animais!

Vá à feira nem que seja só pra olhar e andar no meio das barraquinhas sentindo cheiro de churrasco, misturado com outros cheiros como de pastel e mexerica.

Cante embaixo do chuveiro e se permita um momento antiecológico (existem outros modos de economizar água sem que seja preciso encurtar o banho).

Dance na chuva, cheire uma flor no jardim (mas não vá arrancar a coitadinha pra jogar fora depois!), pule muro, solte pipa mesmo não sendo criança... Invente, inove, atreva-se, dê asas à sua imaginação. Permita-se ser você mesmo!

 

VIVA AGORA! Pra que quando o fim dessa existência corporal estiver próximo você não se arrependa do que NÃO fez e não descubra que apenas existiu mas NÃO VIVEU

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Separações de casais famosos: Bruxa ou Fada?



O enorme número de separações que tem ocorrido nos últimos seis ou sete meses entre casais famosos dentro e fora do Brasil tem gerado muitas manchetes que dizem:”A Bruxa está solta no meio artístico”.

 

Mas eu me pergunto: será mesmo uma bruxa? Quando se fala em bruxa logo se subentende “bruxa má”. Mas eu acho que em certos casos as separações foram feitas por bruxas boas ou fadas. O casal já ia mal, um já não aguentava nem olhar mais pra cara do outro, era um sacrifício danado acordar e dizer “bom dia”. Então uma linda fada foi lá com sua varinha de condão e libertou essas duas almas sofredoras.

Na minha opinião a separação muitas vezes deve ser tão comemorada quanto um casamento porque pode significar a libertação de dois seres aprisionados pelas circunstâncias.

Que circunstâncias são essas? Ora, podem ser muitas e diferentes. Cada caso é um caso. Uns mantém um casamento desgastado por causa dos filhos, outros por dependerem financeiramente do cônjuge, outros por questões de saúde, de comodidade, por medo de mudanças e desafios, por respeito a dogmas religiosos ou por simplesmente cederem ao preconceito e à caretice que infelizmente ainda existe na sociedade. Tem gente que dá valor às aparências, fazer o que?

Acho pura hipocrisia dizer que “toda separação é dolorosa”. Também acho ridículo ficar procurando culpados. Se o homem pede a separação, ele é o vilão. Se é a mulher que pede, ela é a megera. Ou então jogam a culpa numa terceira pessoa que passa a ser considerada o “pivô” da separação, o(a) destruidor(a) de lares.

Será que as pessoas não pensam que a decisão pode ter sido tomada pelos dois? Será também que ninguém enxerga que quando o amor, o entendimento e a harmonia entre um casal estão em alta não sobra espaço pra uma terceira pessoa? Será que também não percebem que uma união só vale a pena quando os dois estão felizes e não apenas um?

Resolvi escrever sobre isso porque fiquei sinceramente aborrecida em ver/ouvir/ler pessoas dando pitacos na vida alheia como se conhecessem a fundo os motivos que levaram este ou aquele casal a optar pela separação.

 

KATY PERRY


O ano de 2011 terminou com a chegada da “bruxa” (ou da fada). A cantora americana Katy Perry se separou do marido, o ator e comediante inglês Russel Brand depois de pouco mais de um ano de casados, e o mundo (dos hipócritas) ficou chocado. “Oh! Eles pareciam tão felizes”. Isso mesmo: pareciam, mas será que eram mesmo?


Apenas em junho de 2012 Katy resolveu conversar sobre o divórcio. Sem entrar em detalhes, disse apenas que por ser romântica, acreditou num conto de fadas e fez tudo pro casamento dar certo, mas a realidade é diferente do sonho e o casamento falhou.

 

Iiihhh... será que foi bruxa mesmo que os separou? Dúvida!!!



JOHNNY DEPP

 

Na mesma época do divórcio de Katy Perry, circulavam boatos de que a relação nada convencional do ator, produtor e músico americano Johnny Depp com a cantora e atriz francesa Vanessa Paradis havia chegado ao fim depois de 13 anos e dois filhos. Um dos principais motivos para tais boatos foi que ambos estiveram em Paris em novembro/2011 a trabalho (ele para a première francesa de seu filme “The Rum Diary/Diário de um jornalista bêbado” e ela pra um evento de moda) mas se hospedaram em hotéis diferentes, foram e voltaram para os EUA separadamente, e não foram vistos juntos nenhuma vez na capital francesa. Eles já não iam juntos a nenhum evento desde maio de 2010.

Os boatos cresciam, as evidências de separação eram inegáveis (como a ausência dos anéis de compromisso que ambos usavam no dedo anular da mão esquerda havia alguns anos, além de fortes sinais de que eles passaram Natal e Ano Novo separadamente), mas somente em 18 de janeiro de 2012 a notícia partiu como uma bomba dos veículos sérios de imprensa em todo o mundo (internet, revistas – começando pela “People Magazine” –  jornais, emissoras de TV e rádio...).

Choveram comentários, críticas, fofocas, suspiros de moças assanhadinhas por saberem da solteirice do galã (e acharem que teriam uma chance com ele!), bisbilhotices em torno do “motivo”, especulações (algumas delas totalmente infundadas) a respeito de uma possível “pivô”  e até descrença por parte de alguns fãs que se recusavam a crer que aquilo estivesse mesmo acontecendo com um casal aparentemente tão “perfeito”. Bom, na minha opinião essa perfeição só existia para os olhos menos atentos...

Acontece que Johnny Depp ainda levaria cinco meses pra confirmar o fim do relacionamento oficialmente, através de sua porta-voz. Coincidência ou não, ele fez isso exatamente quando seus filhos terminavam o ano escolar em Los Angeles, e entravam de férias, em meados de junho. Pra mim isso explica porque o ator se manteve todos esses meses em total silêncio sobre a separação.

Houve um certo drama por parte de algumas fãs. Houve até quem se dissesse desapontadinha com o ídolo. Quanta hipocrisia! Desapontadas porque o cara resolveu parar de fingir que era feliz pra se permitir ser feliz de verdade?!


Revendo fotos do casal desde quando as crianças ainda eram bem pequenas consigo enxergar um Johnny conformado, resignado. Mas não radiante, animado. Ele havia perdido o brilho de seu olhar e a marotice de seu sorriso. De 2011 pra cá ele recuperou isso e independente de estar de namorada nova ou não, fato é que nas recentes imagens em que ele aparece nos sets de filmagens de seu novo longa-metragem “The Lone Ranger” (O Cavaleiro Solitário) ou em bares e eventos tocando guitarra ou bateria com os amigos, ele demonstra estar muito feliz, exultante! E espontâneo como há muito tempo não se via!

Sua relação com os filhos –  que são seus verdadeiros tesouros – não está abalada por causa da separação, visto que tanto a menina (Lily-Rose) de 13 anos recém-completos, como o menino (Jack) de 10 estavam muito alegrinhos na plateia do MTV Movie Awards em 03 de junho assistindo o pai tocar guitarra no palco e receber um merecido prêmio por sua contribuição ao cinema.


Por não terem se casado legalmente, de acordo com o Canal E! Johnny não terá que dar metade de sua fortuna à Vanessa. Pelas leis da Califórnia, onde moraram com os filhos desde 2005 ou 2006, Johnny terá que pagar apenas a pensão alimentícia dos filhos. Mas comenta-se que ele deu um bom dinheiro à sua ex-companheira além de passar a casa que possuíam na França pro nome dela e dos filhos. A separação foi, de acordo com a porta-voz de Johnny, amigável. E ao contrário do que dizem os boatos e fofocas, já está tudo mais do que acertado e não há brigas nem disputas judiciais.

Bom... no caso deles estou certa de que foi uma FADA ou uma bruxinha muito bondosa que fez a separação, com muita dignidade e respeito pelos inocentes frutos dessa relação. Uma relação que ao que tudo indica, já havia se desgastado há muitos anos e se arrastou por tempo demais por causa dos filhos e do medo de que eles pudessem sofrer. Porém, acho que os filhos sofrem muito mais convivendo com pais infelizes, que já não se amam nem se entendem, que vivem brigando ou se esforçando pra manter uma mentira – que mais cedo ou mais tarde irá fatalmente desmoronar. Hoje, depois de observar bem, penso o seguinte sobre este casal: Já terminou TARDE. Que cada um siga seu caminho livremente, tenha novas – e maravilhosas – experiências amorosas e seja muito feliz, cientes de que o amor entre pais e filhos, este sim, é pra sempre e nunca pode ser deixado de lado.

 

ÚLTIMAS APARIÇÕES DE DOIS DOS CASAIS MAIS FAMOSOS DE HOLLYWOOD (fotos de paparazzi):



Acima e abaixo, vemos fotos da última vez que Johnny Depp e Vanessa Paradis foram vistos juntos, em 22 de novembro de 2011, em Los Angeles/Califórina/EUA. De acordo com a imprensa internacional nessa época eles já estavam separados, mas acompanharam o filho Jack, na época com 9 anos, que precisou da presença dos dois. Ao que se comenta estavam indo ou voltando da escola do menino.

 

 

TOM CRUISE

 


Acima e abaixo vemos as últimas fotos de Tom Cruise e Katie Holmes ainda como um casal em 16 de junho de 2012, na Islândia. Eles jantaram juntos pela última vez, de acordo com a imprensa internacional. E os paparazzi que tiraram as fotos disseram que não desconfiaram que pudesse já estar havendo algum desentendimento entre eles.

A bola da vez agora são os atores americanos Tom Cruise e Katie Holmes. Ninguém além deles pode saber o que de fato aconteceu. Mas muita gente faz drama e se diz chocadinha porque ela pediu o divórcio e se mandou com a filha pra Nova York, deixando-o sozinho na Islândia onde ele está gravando seu novo filme "Oblivion".


Muito se especula, mas ao que se sabe, a religião de Tom influenciou e muito na decisão de Katie. Ela queria uma vida normal pra menina Suri, de seis anos, filha única do casal, o que a Cientologia, que é seguida de maneira fanática pelo ator não permite. A menina não podia frequentar escola pública, tinha que estudar em casa. Katie não concordava com isso e as discussões entre o casal em a respeito da educação da filha se tornaram frequentes.

Às vésperas do aniversário de 50 anos do ator, Katie pediu o divórcio e a guarda da filha. Previa-se uma longa batalha judicial mas eles acabaram entrando em acordo pra evitar especulações da mídia, o que considero uma sábia decisão.


 

Nesse caso não sei dizer se foi fada ou bruxa porque não acompanho muito nenhum desses dois atores e não percebi nada de errado. Mas li há um tempinho, umas fofocas dando conta de que Katie estava insatisfeita com o casamento e com as muitas regras impostas por Tom a ela e à filha. Achei que fossem apenas fofocas e boatos, mas hoje vejo que tinham um fundo de verdade já que se confirmaram com este surpreendente divórcio.


 

O motivo nesse caso parece não ter sido falta de amor entre o casal e não teve terceira pessoa envolvida. Mas a criação da filha parece ter sido o ponto de desentendimento. Se a menina não estava feliz com a criação imposta pelo pai, acredito que uma FADA ou bruxa do bem os separou. Mas se o casal ainda se ama, haverá sofrimento que terá que ser superado com o tempo.


 

O que quero dizer com isso tudo é que cada caso é um caso...


 

OUTROS CASOS...


 

E muitas outras separações tem acontecido: Seal e Heidi Klum (depois de sete anos e três filhos), Demi More e Ashton Kutcher (depois de seis anos), Tande e Lisandra Souto (depois de 15 anos e dois filhos), Bruno Galiasso e Giovana Ewbank (depois de dois anos)... Isso só pra citar alguns dos casos mais polêmicos.


Só acho uma separação realmente triste quando o casal se ama e está feliz junto; e então acaba se separando impensadamente depois de uma briga, ou então por orgulho, mal entendidos ou intrigas de terceiros.


E desteto o "dramalhão mexicano" que algumas pessoas fazem em torno disso. Estamos no século XXI! Não está dando certo? Vai cada um pro seu lado cuidar de ser feliz, pô! E tenho dito!


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Living In "Muvuca City"

Eu tenho que dizer: estou cansada, muitooo cansada. Essa cidade me estressa! Amo-a. Mas ela consegue me tirar do sério! Juiz de Fora já foi chamada de “cidade-ruído” e “cidade-barulho” por poetas, jornalistas e blogueiros. Pra mim é mais que isso, é “cidade-muvuca”.

 

Andar em linha reta nas ruas e calçadões do centro de JF tornou-se um desafio pra qualquer pedestre. É impossível dar cinco passos sem ter que desviar dos outros, ou sem levar esbarrões, empurrões, cotoveladas e pisadas nos pés! O trânsito que já era um inferno, consegue ficar cada vez pior. Dirigir aqui é irritante! Andar a pé está ficando sacrificante.


Há um tempinho ouvi um palestrante dizendo o quanto as ruas e avenidas (e isso inclui as calçadas) de JF estão insuportáveis. Ele comentou que passou a andar menos de carro (pra fugir dos engarrafamentos e todos os problemas de trânsito) e passou a andar mais a pé. Porém, como andar a pé está cada vez mais difícil “vejo que vamos ter que aprender a voar”. Quando ele disse isso todo mundo riu, porque é realmente uma piada – mas uma piada que reflete a realidade. Muitos juiz-foranos daqui a pouco vão querer imitar o Dédalo da Mitologia Grega e construir asas pra sobrevoar a cidade (é só não dar uma de Ícaro e querer voar alto demais!).
Gosto de urbanidade. Sempre fui urbana. Gosto de gente, de cinema, teatro, shows, eventos, shopping, restaurantes, comércio, movimento... Não gosto de mato porque tenho medo de cobra – embora eu ame e respeite a natureza e procure, à minha maneira defender os animais e conscientizar aspessoas em relação a isso. Mas sinceramente... tudo que é demais enjoa (como diziam minha avó e minha mãe). Às vezes sinto falta de ar puro e silêncio.

 

Daqui a alguns anos, cidades como JF, com crescimento desordenado e um centro muito mal organizado tendem a parar. Isso mesmo: PARAR. Se os carros não conseguem mais andar nas ruas, se as pessoas não conseguem mais caminhar nas calçadas, se falta espaço pra tudo e pra todos... A CIDADE PÁRA. Claro que antes disso, espero eu, alguma solução pra este problema há de ser encontrada (e que não demore muito!).