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quinta-feira, 17 de junho de 2010

AVATAR - o mais importante é a mensagem!

Eu não pude escapar! Pudera! É o filme de maior bilheteria da história do cinema.... Já tem até gíria nova: em vez de “rosa-chiclete” as pessoas andam ficando “azul-avatar”! Mais cedo ou mais tarde euzinha ia “ter” que falar dele aqui.


Da primeira vez que vi anunciar o filme nos traillers de cinema antes de começar algum outro que eu fui assistir (2012, Lua Nova, ou ambos) eu, como cinéfila assumidérrima que sou, fiquei muito interessada porque o tema parece novo e atraente. Quando estreou, fui assistir, com uma amiga e me amarrei no filme, a ponto de ir mais quatro vezes ao cinema. Depois que saiu de cartaz, antes de pegá-lo numa locadora, eu o comprei (DVD original – vou eu fazendo minha campanha contra a pirataria).


Eu nunca fui de seguir modinhas ou “dançar conforme a música”. Nunca fui escrava do mercado. Mas o tema de fato é interessante e o filme tem uma boa história.


Só acho que faltou tempo pra que os temas fossem mais aprofundados e pra que mais pessoas dos N’avi (povo nativo do planeta Pandora) nos fossem apresentados. Em uma cena, a protagonista Neytiri cita duas mulheres, uma que é a melhor cantora de sua tribo e a outra que é uma boa caçadora. Mas fica uma coisa meio “no ar”, já que essas mulheres não foram mostradas ao público.


De qualquer forma, pra quem gosta de ação, o filme tem atrativos suficientes para não decepcionar.


Embora tenha feito esse sucesso jamais visto antes, “Avatar” não é exatamente uma novidade: mistura elementos da minha amada série Star Wars (naves, outros planetas, povos primitivos lutando contra tecnologias avançadas...), com Matrix (essa coisa de conduzir um ser virtualmente), Pocahontas (o cara “avançado” que se apaixona por uma moça “selvagem” – o que vemos também na literatura brasileira, como por exemplo em “Iracema”, de José de Alencar), filmes como “Guerra dos Mundos”, “MIB” e Allien (do próprio James Cameron e também com a presença de Sigorney Wiver no elenco), em que seres de um planeta chegam ao outro pra explorá-lo. Porém, ao contrário de todos esses filmes onde a Terra é a vítima, em “Avatar” os ETs invasores são os terráqueos que se instalam em Padora. Sem falar que o cinema e a televisão já nos apresentaram outros seres azuis, inclusive os Smurfs – um dos desenhos que eu mais gostava quando eu era criança!


Então, definitivamente, NOVIDADE “Avatar” não é, mas acho que James Cameron soube combinar muito bem esses elementos todos e acrescentar a essa bela “salada”, algumas pequenas novidades e muita emoção.


Entretanto, de todos os atrativos do filme, há algo que pra mim é mais importante do que as cenas de ação, os efeitos especiais ou a beleza das paisagens naturais de Pandora como as montanhas flutuantes, a árvore das almas e todas aquelas plantas e animais coloridos.


Estou falando da mensagem contida no filme e que infelizmente nem todo mundo percebeu. Ou... percebeu mas não entendeu.


O combate ao preconceito é um dos pontos delicados que o filme aborda. A aceitação de que existem seres diferentes de nós, com outros hábitos, outras culturas, outras crenças, outro estilo de vida e que merecem o mesmo respeito que queremos pra nós.


Neytiri apresenta a Jake Sully um mundo completamente novo pra ele, e com o tempo ele entende que aquele povo aparentemente primitivo, chamado de “macacos azuis” e aborígines pelos exploradores terráqueos que estavam interessados apenas nas pedras preciosas do solo de Pandora, têm muito a ensinar.


Outro ponto que me chamou a atenção foi o respeito pela natureza, a preocupação em preservar a vida e a evitar a dor dos animais quando os caçam; afinal os “n’avi” ainda vivem de forma primitiva, caçando pra sobreviver, porém mesmo sendo “humanóides” tem uma postura muito mais humana (no sentido maior da palavra) em relação aos animais do que muitos de nós seres humanos da Terra, acostumados muitas vezes a tratar os animais como meros objetos descartáveis – prova do atraso em que se encontra o nosso planeta.


E finalmente, a espiritualidade do povo. Eles não acreditam em um deus distante e ditador, mas numa divindade feminina, mãe de todas as coisas, que interage com toda a sua criação e é antes de tudo uma energia que coliga todos os seres vivos, os protegendo, os direcionado para o amor e o respeito a tudo e a todos que os cercam. Por causa desse alto grau de espiritualidade, eles conseguem ver o próximo de uma maneira muito diferente da que a maioria dos terráqueos vê e age em relação ao seu semelhante.


E isso incluiu os animais, com os quais eles fazem uma ligação através de um “cabo” natural localizado na ponta de suas tranças. Cada animal também possui esse “cabo” e a conexão é feita no momento em que o cabo da pessoa é ligado ao do animal e então um é capaz de entender o outro, um é capaz de sentir o que o outro sente e assim é possível uma comunicação sem palavras.


O povo “n’avi” cumprimenta uns aos outros com “I see you” (não sei como é na língua deles – esqueci), o que significa “eu te vejo”. Mas não é um “ver” superficial, não é ver o corpo físico da pessoa, mas ver-perceber-sentir a pessoa por dentro, ou seja, a sua alma, a sua essência imaterial.


Uma demonstração do amor puro e verdadeiro (e uma das partes mais belas e emocionantes do filme no meu ver) é quando Neityri pega Jake no colo, em seu corpo original, de terráqueo. Ela o reconhece e salva sua vida. Eles dizem um ao outro: “I see you”. Para Neytiri o que importa não é a casca, o corpo material, e sim o ser interno. Seu amor é por Jake, pelo SER Jake, e não pelo corpo ou pela aparência física dele. Ela seria capaz de reconhecê-lo e amá-lo em qualquer corpo que ele estivesse habitando. Ela o vê por dentro. Esse tipo de amor é muito raro aqui na Terra, porque aqui na nossa realidade as pessoas se importam muito com as aparências: um rosto bonito, um traseiro avantajado, a marca do carro, as roupas de grife, a conta bancária... essas coisas superficiais.


A ausência do dinheiro também é um ponto interassante. Não existe comércio, as pessoas se viram de acordo com o ambiente em que vivem.


Por isso acho que o filme “Avatar” vale a pena, apesar de não ter sido tão perfeito quanto pretendia ser. Está longe de ser meu filme preferido, mass sem dúvida, também não é apenas mais um filme de ação...

Poema do Juiz-forano

Juiz forano não come quieto,
solta os bichos...

Não trabalha em silêncio...
Trabalha cantando mesmo que a música esteja errada!

Não aceita regras,
As quebra em pedaços!

Não fica na janela vendo a banda passar
Entra na farra e arranja um instrumento pra tocar!

Não carrega malas, nem viaja de trem
Vai de mochila nas costas pedir carona na estrada!

Não fala uai, nem, sô
mas fala véio, venas, pô
uêêê, uééé,
xiii, nééé?

Gosta de queijo
mas prefere um beijo

Não quer saber de dormir no chão
Escolhe bem a cama e o colchão

Briga de galo e raposa não é legal
Bom mesmo é urubu contra bacalhau!

Se orgulha do passado de sua cidade
Mas constrói o futuro com inventividade

Daria sua bicicleta para não entrar em uma briga
Mas se entrar, só uma Mercedez talvez o faça sair!

Corre às margens do Rio Paraibuna de short e bandana
Mas queria mesmo é correr no calçadão de Copacabana

Gosta de canjiquinha e feijoada
Tutu de feijão e churrascada
Mas não dispensa sushi e macarrão
Quibe com tabule e bobó de camarão

Tem a hospitalidade de um bom mineiro
A descontração de um bom carioca
A pressa de um bom paulista
A elegância de um bom gaúcho
A alegria de um bom bahiano

É receptivo e cordial,
festeiro e sensual
Desconfiado mas nem tanto

Aventurar-se é seu encanto

“Quem não arrisca não petisca” é o ditado
Do juiz-forano esperto, “tá ligado”?

Não tem hora pra sair nem pra chegar
Na balada vale tudo que rolar!

Para os mineiros de Juiz de Fora,
Morar longe não é morar logo ali
É morar numa lonjura do caramba,
Lááá nos caixa prego, lááá na pqp!
É coisa de quem quer se esconder, fugir!

O Juiz forano vai e volta da praia no mesmo dia
Venera o sol, o mar, a maresia

Tira onda com os “roça grande”, “os capiau”
Porque são mais bronzeados que os mineiros da capital

Em Juiz de Fora tem de tudo, pode crer
Com certeza tem pra mim e pra você!
Tem maluco, hippie, paty, playboy e pagodeiro
Tem poeta, clubber, punk, cow-boy e funkeiro

Belo Horizonte é interior
Juiz de Fora é litoral

Minas é conservadora,
Juiz de Fora é liberal

Se mineiro é pacato
Juiz-forano é alto-astral

Juiz-forano é diferente
Beleza pura, coisa e tal
Juiz de Fora tem cultura,
Tem Miss Gay e carnaval!


*Há tempos, uma leitora do blog colocou nos comentários um trecho desse poema. Eu andei procurando por ele e finalmente o recebi na íntegra por e-mail. Mas não me enviaram o nome do autor, então, eu passei mais um tempo procurando descobrir o autor para postar o poema junto com o nome de quem o escreveu. Tudo o que consegui descobrir é que trata-se de um jornalista e poeta que viveu por pouco mais de um ano aqui em JF. Ele nasceu em São João Del Rei e foi estudar em Belo Horizonte. Depois de se formar morou em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. E já viajou por vários "cantos" do Brasil e fora do país também. Ao vir pra Juiz de Fora, se encantou com a cidade e o povo daqui. Saía nas noites com os amigos que o hospedavam e assim observou os hábitos, o comportamento e o jeito de ser e falar tão peculiar do juiz-forano. Então, escreveu esse poema, que há alguns anos foi publicado em um jornal local. O peoma pontua o modo "JF" de ser e as diferenças principais entre o mineiro tradicional e o povo de Juiz de Fora. O jornalista se mudou daqui a alguns anos, mas vira e mexe visita a nossa cidade. E isso foi tudo que a pessoa que me mandou o e-mail com a poesia na íntegra me contou, porque foi tudo o que ela "ouviu falar".
Se alguém souber algo mais, é só dizer nos comentários. Fato é que, tirando a parte dos cowboys, eu adorei a poesia, e acho que o cara acertou na mosca! Ele retratou muito bem o povo de JF!!!

Estou de volta!

Amigos leitores!
Estou há quase três meses sem internet. Mas mesmo assim, estou de volta.
Estou numa lan. Farei posts em casa e trarei para uma lan ou cyber, onde postarei.


Não sei quando terei internet porque a coisa está mais complicada do que eu pensei.
Mas, de qualquer forma, não quero que meus blogs fiquem muito tempo parados...


Hoje estou trazendo dois posts e daqui pra frente estarei postando com mais freqüência.


Obrigada a todos pela compreensão e paciência!


Um grande abraço, amigos(as)!