ESTE BLOG É PARTE INTEGRANTE DA BLOGOLÂNDIA DO ESPAÇO INTERNÉTICO! EXPLORE ESTE ESPAÇO!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Descrição das fotos e... mais fotos da Emilia Dirce...





























Descrição das 7 fotos acima (sempre da esquerda pra direita e de cima pra baixo):
1 - A cena antológica em que Emília começa a falar, no Reino das Águas Claras, graças à pílula falante do Dr. Caramujo.
2 - Cena engraçadíssima em que Emília monta o cavalo ao contrário.
3 - Com Narizinho (Rosana Garcia) e o Gato Fuzuê.
4 - Novamente vemos Dirce, a primeira Emília da Globo com Rosana Garcia, a primeira Narizinho dessa emissora. Dirce deixou o Sítio após a primeira temporada. Rosana, no entanto, ainda continuou no Sítio por três anos.
5 - Emília dá um beijo em Dona Benta (Zilka Sallaberry) quando ganha dela sua canastrinha.
6 - Cena emocionante: Emília chora quando "seu" anjinho vai embora de volta pro céu.
7 - Emília em uma viagem ao mundo das fábulas com Narizinho, Visconde (André Valli) e Pedrinho (Júlio César).
Descrição das 9 fotos do post anterior (sempre da esquerda pra direita e de cima pra baixo):

Trabalhos de destaque de Dirce na TV:

1 - Dirce Migliaccio de Emília.
2 - Dirce em "O Bem Amado" (de 1973) com as outras duas irmãs Cajazeira. As três irmãs eram: Dorotéia (Ida Gomes), Dulcenéia (Dorinha Duval) e Judicéia (Dirce Migliaccio). No seriado homônimo dos anos 80, Dorinha Duval não estava no elenco então inventaram uma outra Cajazeira pra ocupar seu lugar. Mas Dirce e Ida Gomes estavam lá.
3 - Dirce no papel de Dona Conceição na novela "A Gata Comeu" (1985)

As Emílias da TV:

4 - Lúcia Lambertini (a primeira Emília da TV).
5 - Dirce Migliaccio (a primeira Emília da Rede Globo).
6 - Reny de Oliveira (a atriz que foi a Emília por mais tempo nessa versão).
7 - Suzana Abranches (a última Emília dessa versão).
8 - Isabelle Drummond (a atriz que foi a Emília por mais tempo na Globo e a primeira da nova versão).
9 - Tatyane Goulart (a última Emília da TV até hoje).

Emílias... de Lobato (Dirce deixa saudades...)!







































"De uma caixa de costura...
pano, linha e agulha...
Nasceu uma menina valente,
EMÍLIA, a boneca-gente(...)"









Essa música, cantada por Baby Consuelo no especial "Pirlimpimpim" de 1982 fala da boneca de pano mais famosa do Brasil - e talvez do mundo! Vestida de Emília, Baby deu um verdadeiro show com essa música alegre e eletrizante.

Eu já falei sobre a personagem Narizinho, que pra mim tem e sempre terá o rosto infantil da atriz Daniele Rodrigues. A Emília, pra mim sempre será Reny de Oliveira! E vou falar sobre ela neste texto.

Mas outras Emílias marcaram épocas diferentes na televisão e recentemente perdemos uma delas: Dirce Migliaccio, a primeira Emília da Rede Globo.

Dirce foi se juntar no plano espiritual a outros atores daquela primeira (e perfeita) versão do Sítio do Picapau Amarelo que foi ao ar de março de 1977 a janeiro de 1986, tais como Zilka Sallaberry (Dona Benta), Jacyra Sampaio (Tia Nastácia), André Valli (Visconde de Sabugosa), Samuel dos Santos (Tio Barnabé) e Ivan Sena (João Perfeito), além do diretor do programa Geraldo Casé.

Dirce Migligaccio esteve presente em apenas uma temporada do Sítio do Picapau Amarelo (a primeira, em 1977) e participou de cinco episódios além do período que muitos chamam de "episódio piloto" que teve entre 70 e 90 capítulos.

Explicando melhor: entre março e julho de 1977 o Sítio ainda não era dividido em episódios. Por isso essa fase é conhecida como "piloto" ou simplesmente "Sítio do Picapau Amarelo". A partir daí a Globo resolveu realizar episódios de 20 capítulos cada. Os cinco episódios dos quais Dirce participu foram: "A Cuca vai pegar", "João Faz de Conta", "O Anjinho da Asa Quebrada", "Peninha - O Menino Invisível", "O Terrível Pássaro Roca".

Mas a Emília de Dirce, que é considerada por muitos como a mais "lobatiana" das Emílias, marcou muito. Principalmente as crianças que começaram a acompanhar desde o começo. Afinal, ela foi a primeira!

Fui conhecer o trabalho de Dirce como Emília em 1993, quando a Globo reprisou nas férias de julho um episódio de 77 ("A Cuca vai Pegar") e um de 81 (O Circo de Escavalinho). Até aquele momento eu só conhecia duas Emílias: a "minha" Emília de sempre, ou simplesmente A EMÍLIA, Reny de Oliveira, e Suzana Abranches que passara a substituir a Reny naquele ano (83). Quando vi a Dirce, realmente gostei mais dela do que da Suzana. Era desajeitada, desengonçada, mal-humorada na maior parte do tempo, mas uma Emília interessante, diferente.

Mas Dirce se destacou também por outros trabalhos, como uma das irmãs cajazeiras, a Judicéia de "O Bem Amado" (1973 como novela e de 1980 a 1984 como seriado) e também a Dona Conceição de "A Gata Comeu" (1985).

Ainda tenho uma vaga lembrança da Dirce Migliaccio na novela Marron Glassê (1979/80 e reprisada no "Vale a pena ver de novo" em 82). Ela interpretava uma velhinha, amiga do personagem de Lima Duarte. Eram duas velhinhas, a outra era interpretada por Ema D'ávila.

Sem dúvidas era uma grande atriz, o mundo da dramaturgia perdeu uma grande representante. Que ela fique em paz, porque na Terra jamais será esquecida!

Mas... vmos falar da Emília, ou melhor DAS Emílias!!!

Tivemos mais outras quatro Emílias na Rede Globo e outras tantas em outras emissoras, filmes, teatro e especiais de TV dentre as quais se destaca Lúcia Lambertini, a primeira Emília da TV. Ela foi a Emília na TV Tupi e ficou por quase duas décadas (anos 50 e 60) interpretando essa personagem, assim como a Narizinho Edi Cerri que viveu a menina mesmo depois de ter ficado adulta! Houveram algumas substitutas mas Lúcia e Edi foram as que mais se destacaram na época e as que mais tempo estiveram na pele das personagens.

Na Rede Globo, no final de 1977 Dirce Migliaccio pediu pra sair. Ela estava envolvida no projeto do Sítio desde o ano anterior quando foi escolhida para o elenco e quando começaram as primeiras gravações. Mas uma temporada bastou para que ela achasse que a Emília era muito cansativa e que não era para ela.

Assim, em 1978 o Sítio apresentava a nova Emília: Reny de Oliveira, a minha preferida, da qual vou falar separadamente no próximo post. Reny ficou cinco anos no Sítio, no final dos quais, exausta, também pediu pra sair.

Em 1983 estreou como Emília a atriz de teatro Suzana Abranches, que ficou no programa pelas próximas três (ou, na verdade duas e meia) temporadas até o final do programa em janeiro de 1986.Em 2001, a Rede Globo resolveu retornar em outubro, mês das crianças, com o Sítio do Picapau Amarelo em uma nova versão. Mas pela primeira escolheram uma criança pra interpretar a boneca Emília, Isabelle Drumond, uma menina de 7 anos! Ela ficou no programa por cinco anos e alguns meses. Sua última temporada foi em 2006.

Em 2007 quando todo o elenco, formato e tudo o mais do Sítio passou por mais uma (e mais completa) reformulação, a Emília voltou a ser interpretada por uma atriz adulta: Tatyane Fontinhas Goulart. Assim como Dirce Migliaccio ete presente apenas na primeira temporada exatos 30 anos antes, Tatiane também ficou no Sítio apenas na última.


Falar do trabalho de cada uma é complicado porque cada uma delas tinha um jeito diferente... Mas vamos tentar:

A Dirce era a mal humorada, muitas vezes parecia uma velha rabujeta... rsrsrs Mas tinha seus momentos de graça e emoção.
A Reny... essa eu já falei... (embora dispense comentários) comento depois!!!

A Suzana era muito espevitada, parecia uma menina levada.

A Isabelle é a única que era de fato uma crinça e pra idade dela acho até que ela se saiu bem, mas... eu a achava meio forçada, ela respirava muito entre as falas, parecia uma criança ressitando uns versinhos pra família num almoço de domingo.

A Tatyane se saiu bem... eu só não gostei daquela voz horrível e estridente que ela inventou pra Emília.

Enfim... entre Emílias e Emílias, com certeza a SUA está aqui nessas fotos, e citada neste texto...


Continuando a música que comecei a postar lááá em cima:



"(...) Mas a partir do momento
que aprendeu a andar
Emíia tomou uma pílula
e tagarelou, tagarelou a falar...
tagarelou, tagarelou a falar...

Ela é feita de pano,
mas pensa como um ser humano,
esperta e atrevida
é uma maravilha Emília, Emília.

Emília, Emília, Emília,
Emília, Emiília, Emiília...

A cada história ela tem um plano,
inventa mil idéias,
não entra pelo cano,
ah, essa boneca é uma maravilha!"

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MUDANÇAS

"As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem" (Chico Buarque de Holanda).

Aqui vai um texto que ganhei de um amigo há tempos. É de autor desconhecido, mas diz exatamente o que eu penso:

Em geral, as pessoas morrem em torno dos trinta anos e são sepultadas por volta dos sessenta ou setenta. Leva quarenta anos para os outros perceberem que aquelas pessoas estão mortas.

Lembre-se: a vida é sempre incerta. Somente o que está morto é certo, é sólido, é fixo. Tudo que está vivo muda sempre e se movimenta, é fluido, liquido, flexível, capaz de se mover em qualquer direção.

Quanto mais você se torna seguro, mais está perdendo a vida. Viver é arriscado e morrer não tem risco nenhum. Morrer é muito, muito seguro. Na verdade, não há lugar tão seguro para o ser humano quanto um túmulo. Nada mesmo pode acontecer, nenhum acidente, nenhum azar. Essa é a segurança do túmulo. E as pessoas têm desejado tanto a segurança que elas estão mesmo prontas a morrer por ela. Deseje a insegurança, pois isso é desejar a vida.

Busque a insegurança, procure os caminhos ainda não trilhados e navegue por mares ainda não navegados, porque esse é o caminho da vida. Quando as mudanças começam a ocorrer, as pessoas ficam com medo. Então, algumas vezes, elas se agarram às misérias, porque elas lhe parecem familiares. Mas o crescimento é sempre um jogo arriscado. As pessoas têm que perder aquilo que está em suas mãos em troca de algo que ainda não está. Na vida real, não há nenhuma garantia. Exceto a certeza da morte.

Essa é a beleza da vida real. É por isso que há tanta emoção. A vida só é acalçada por um alto preço. Se você observar as pessoas, verá muita gente buscando um tipo arriscado de vida, à sua maneira. Essas são as pessoas vivas. As outras já estão mortas. Podem ser sepultadas mais tarde, mas já estão mortas.

*Eu não acredito na existência da morte, o que morre é o corpo. Mas acredito no sentido figurado de morte citado neste texto. Quem não se arrisca não petisca, quem vive com medo de mudanças na verdade não vive; está "morto", ou seja, estagnado.